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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Tempo


Algumas coisas existem e não damos o devido valor. Vejamos a questão do tempo. Invenção fantástica. A cada 24 horas um dia se passa. A cada 365 dias um ano se passa. A partir da existência do tempo podemos nos planejar, organizar tarefas, nossas vidas. Dividir o tempo para poder fazer mais coisas. Ops,  Será esse o destino da vida. Sempre fazer mais. 

Penso que a grande sapiência é descobrir que podemos viver bem fazendo menos. Ou fazendo o que realmente é importante. 2018 foi um ano de grande aprendizado. De que precisamos de tempo para maturar nossos projetos. Tempo de plantar. E tempo de colher. Tempo de cuidar da terra para poder plantar novamente. Tempo de descansar. A cada sete dias descansar um, a cada sete anos descansar um, o ano sabático. Interessante que isso vale também para o plantio da terra. Deixar a terra descansar. Penso que terminei um longo sabático. 

2018 foi o ano em que muitas coisas terminaram. As vezes é preciso. Para que tenhamos espaço e tempo para pensar. A semeadura foi feita. Para que possamos colher com abundância em 2019. Tempo é algo pessoal, é dado uma porção a cada um de nós. E o que fazemos dele é de exclusiva responsabilidade nossa. 



Há um tempo em que é preciso re-costurar, reformar, reavivar as nossas roupas usadas que tanto nos deram alegria quando novas e que hoje apesar de gastas continuam quentes, macias e confortáveis porque possuem o formato do nosso corpo. Não devemos esquecer nossos antigos caminhos só porque achamos que nos levam sempre aos mesmos lugares, devemos aproveita-los para encurtar a distância que nos levam a novos.
É tempo de travessia: temos que ousar em fazê-la para nunca ficarmos a margem de outros.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A importância de se definir o importante


Publicado Originalmente no Jornal do Empreendedor.


O cenário é bastante comum, para não dizer corriqueiro: o profissional chega ao escritório, liga o computador e abre o programa de e-mails. A enxurrada de correspondências virtuais diárias toma praticamente todo o tempo da manhã, às vezes até o período da tarde. Entre as coisas urgentes e desnecessárias, o que realmente pode fazer a diferença no dia, na semana ou no mês dentro da organização, ou seja, o que é realmente importante, em muitos dos casos acaba por ser relegado para segundo, terceiro ou quarto planos. Mas por quê?
Infelizmente, a maioria dos profissionais – e aqui podemos abordar aqueles de praticamente todas as áreas – e também das pessoas de um modo de geral não adquire o saudável hábito de gerenciar bem o seu tempo e, mais do que isso, as suas escolhas. A pressão por resultados e respostas rápidas e precisas, seja do chefe ou dos clientes, faz com que o urgente se torne cada vez mais na rotina empresarial como prioritário e agente do "bom serviço prestado". Sendo assim, neste sentido é comum que se caia em armadilhas, cedo ou tarde.
Mas em que tipo de armadilhas os profissionais podem cair quando optam por apenas resolver questões urgentes? Acredito que seja algo bem simples e direto de se responder. Trabalhar somente no chamado "piloto automático", uma vez que em grande parte das situações o que é considerado urgente, ou no jargão popular "para ontem", pode ser resolvido sem muito planejamento, estratégia e, mais do que isso, em outro determinado momento do dia que se esteja mais tranquilo.
Sabemos que todos aqueles que trabalham precisam, cada vez mais, ser profissionais multidisciplinares, ou seja, desenvolver a capacidade de realizar inúmeras tarefas praticamente ao mesmo tempo. Como a concorrência no atual mercado de trabalho é acirrada, se faz necessário que todas essas atividades interrelacionadas sejam executadas com o máximo de eficiência possível. Porém, é público e notório que nem sempre conseguimos atingir um nível de excelência, seja para os gestores, para os clientes ou para nós mesmos, dentro de nossa autocrítica.
Neste contexto, realmente é bastante importante traçar metas, objetivos e, acima de tudo, estratégias que consolidem a posição de destaque deste profissional dentro da empresa. No trabalho que realizamos na FranklinCovey, hoje uma das principais consultorias especializadas na melhoria da eficácia corporativa e pessoal em todo o planeta, desenvolvemos o mais recente programa de gerenciamento chamado As 5 Escolhas para uma Produtividade Extraordinária que visa justamente colocar em discussão a questão do bom gerenciamento das escolhas que fazemos no dia a dia.
Dentro destes conceitos, há um tópico inteiro dedicado à importância de se definir as ações mais importantes como diferencial real para o ganho de produtividade dentro da empresa e para a própria satisfação profissional e pessoal. Segundo pesquisa coordenada pela própria FranklinCovey em todo mundo, com 350 mil pessoas em diversos países, constatou-se que 70% de nosso tempo nós usamos para atividades urgentes ou para aquelas que realmente são, de fato, totalmente irrelevantes dentro do contexto corporativo.
Percebe-se, então, que as pessoas têm demonstrado uma disposição maior em trabalhar no "piloto automático" ao invés de dirigirem suas vidas e carreiras em busca da inovação e do extraordinário. Pela minha experiência, uma vez que a cultura inovadora seja permeada no seio empresarial, todos têm a ganhar. Por isso que os cases de maior sucesso recentemente são as startups, um fenômeno corporativo que ganhou o mundo. Ano passado, por exemplo, a brasileira Peixe Urbano (de compras coletivas) foi eleita a melhor startup internacional pelo conceituado The Crunchies Award, uma das mais importantes premiações do setor.
Quando conseguimos um tempo para a inovação dentro do ambiente de trabalho, fazemos um exercício de comprometimento com a empresa. Neste caminho, se faz extremamente necessário aumentar, gradativamente, o percentual de 30% (segundo a pesquisa da FranklinCovey) dedicado a buscar ideias que realmente possam revolucionar ou, em termos mais diretos, causam impacto dentro da companhia. Porém, como fazemos isso sem que a rotina do expediente seja comprometida? Talvez uma palavra explique muito bem toda esta questão: disciplina. Precisamos saber dosar nosso tempo e nossas escolhas em prol daquilo que, no final das contas, nos trará satisfação pessoal e profissional.
Porque toda e qualquer pessoa sabe que quando uma ideia própria é colocada em prática e os resultados desta ação começam a aparecer, seja na forma de indicadores de performances nas organizações ou mesmo na satisfação de outras pessoas que "compraram a sugestão", o prazer de quem confabulou a estratégia é inigualável. Gosto muito, para explicitar, da frase do escritor inglês William Shakespeare, que diz: as ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade. Independentemente se for uma grande inovação ou uma mudança sutil em um procedimento, por exemplo, é necessário que a ideia seja expressa. Guardar para si pode fazer a empresa perder ganhos e você se sentir frustrado.
Nunca que o velho e batido ditado "separar o joio do trigo" foi tão bem empregado. Tirar uns minutinhos do dia para trocar ideias com seus colegas de trabalho – sem a rigidez de uma reunião clássica – é tão, ou até mais, importante do que responder aquele e-mail que pode ser respondido umas duas horas depois, por exemplo. E criar na empresa a cultura do brainstorm diário ou semanal é uma das alternativas mais viáveis, onde gestores podem sentir a necessidade de seus colaboradores e, juntos, buscarem as melhores soluções.
Por fim, termino com uma grande citação do genial cientista alemão Albert Einstein que afirmava que a mente que se abre para cada ideia nova jamais voltará a seu tamanho original. Mais do que nunca as boas ideias são fundamentais para que se obtenha sucesso profissional e maior contentamento pessoal. Aqueles que mantêm a mente focada na inovação, na busca pelo extraordinário, trazem para si um ganho inestimável. Mirem-se nos exemplos das pessoas que, de uma ideia simples, conquistaram o mundo!
Paulo Kretly - é presidente da FranklinCovey Brasil e reconhecido palestrante em liderança, gestão e produtividade pessoal e interpessoal, é especialista em gerenciamento do tempo e vem cativando milhares de pessoas e organizações que o procuram com o desejo de manter suas vidas pessoal e profissional equilibradas. 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que aconteceu com o seu tempo?


Como você tem aproveitado seu tempo? Segundo a consultoria paulista Tríade do Tempo, que ouviu mais de 15 mil pessoas entre os anos de 2005 e 2007, os brasileiros jogam fora dois terços de seu dia com atividades inúteis e urgentes.

"Vivemos em um mundo extremamente dinâmico e rápido, e por isso temos vários instrumentos que podem nos tirar do foco: a rapidez das informações, as redes sociais", revela a psicóloga Rafaela Duque, do CPPL, que enumera a falta de organização e planejamento entre os principais vilões do tempo produtivo no trabalho.
Além desses, existem outros vilões do cotidiano capazes de roubar minutos preciosos que poderiam ser dedicados a outras atividades. O e-mail, por exemplo, toma uma média de três horas diárias dos brasileiros. Sites de comunidades virtuais, bate-papo e afins também podem se tornar um vício e grandes distrações no trabalho. E até as reuniões profissionais podem agir contra a produtividade caso não tenham planejamento e objetivos definidos, levando à perda de foco.
Para a profissional, a impressão de "tempo perdido" pode gerar uma série de sentimentos na pessoa, da angústia à sensação de insucesso. "É preciso que a pessoa faça uma reflexão sobre os fatores que levaram a não cumprir o planejado, pois o cotidiano e a vida são dinâmicos e estão em eterna mudança", pondera Rafaela. "Com essa reflexão, podemos avaliar o que não deu certo no cumprimento das tarefas e propiciar novas maneiras de pensar e resolver as pendências", completa.
 Imagem: Thinkstock

Para aliviar a pressão do tempo, algumas ideias podem ser colocadas em prática. "Seria interessante adquirir o hábito de ter uma agenda, na qual a pessoa possa fazer um planejamento de seu dia e da semana e eleger seus afazeres. Importante também ter uma lista de prioridades e anotá-las para que não sejam esquecidas", explica Rafaela Duque.

"Caso a pessoa não se adapte ao estilo da agenda, que procure um que combine com sua personalidade e rotina, como anotações em papeis que estão sempre visíveis na mesa, utilização das ferramentas de um smartphone ou de quadros na sala visíveis para todos da equipe", completa a psicóloga.
No caso dos e-mails, uma alternativa seria definir horários durante o dia para a leitura e escrita de mensagens, que poderiam ser organizadas em pastas personalizadas. Já os bate-papos e sites de comunidades virtuais poderiam ser restritos aos horários de pausa no trabalho. Outras dicas são separar algo como dez minutos para planejar as tarefas do dia, definir prioridades na agenda e saber dizer "não" quando necessário.
"Importante que seja feita uma reflexão sobre o porquê de não se estar sendo produtivo: se é uma questão de desorganização e planejamento ou se são questões de outra ordem – como não se identificar com a atividade realizada, não estar estimulado a produzir, se existe alguma dificuldade com as pessoas envolvidas com o trabalho ou mesmo se alguma situação da vida pessoal está afetando o dia a dia e sua organização", avalia a psicóloga. E você, como tem aproveitado seu tempo?