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sexta-feira, 26 de abril de 2013

10% dos sistemas corporativos estarão na nuvem até 2015



Se o armazenamento, servidores e até mesmo
 desktops estão migrando para a nuvem, sistemas de segurança não seria uma exceção. Previsões do Gartner para esse setor, indicam que uma em cada dez empresas estarão processando os recursos de segurança em cloud computing até 2015.

Com foco especial em áreas como segurança de e-mail, gateways, vulnerabilidades remotas e gerenciamento de acesso de identidade (IAM), o Gartner espera que este mercado alcance uma receita global de 4,2 bilhões de dólares em 2016.
"É grande a demanda de empresas por serviços de segurança baseados na nuvem para enfrentar a escassez de mão de obra especializada, reduzir custos ou cumprir as normas regulatórias de forma rápida e facilmente", explica Eric Ahlm, diretor de pesquisas do Gartner. 
O analista destaca que a mudança no comportamento de compra das aplicações de segurança para modelos de entrega baseados em nuvem oferece oportunidades para os fornecedores de tecnologia e serviços. Ele afirma que os que tiverem que melhores capacidades de fornecimento de soluções em nuvem têm chances de fazerem bons negócios. Já os que não têm essas capacidades precisam agir rapidamente para se adaptar a esta ameaça competitiva. 
Uma outra pesquisa do Gartner publicada em janeiro passado confirmou que os gastos com serviços de segurança em nuvem aumentará significativamente nos próximos 12 meses. De acordo com estudo, 74% dos executivos e gestores de segurança entrevistados em todo o mundo estão pedindo prioridade no aumento de soluções para segurança de e-mail em nuvem.
Outra área que deverá experimentar um crescimento substancial com oferta de serviços na nuvem é o gerenciamento de eventos de informação. No entanto, muitos clientes no segmento empresarial continuam cautelosos sobre a entrega de informações confidenciais para os provedores de nuvem, algo que será fundamental para superar a relutância das organizações mais tradicionais.
Além disso, 27% dos entrevistados indicaram que estavam considerando a implantação de autenticação de tokens como serviço em nuvem. O Gartner acredita que fatores como medidas para conformidade com o Payment CardIndustry Data Security Standard (PCI DSS) exigido pelas administradorasa de cartão de crédito para transações eletrônicas, por exemplo, estão dirigindo a maior parte do crescimento do interesse na segurança de tokens como serviço. 
A segurança de token como serviço permite que as ermpresas transfiram deixem de armazenar em seus datas centers internos informações de identificação pessoal ou outros dados confidenciais. O serviço permite que organizações migrem para nuvem sistemas de compliance no âmbito do PCI.

Em resumo: Se você ainda não está na nuvem, tenho certeza que estará em no máximo 2 anos. Talvez você não saiba como, nem porque. Mas estará. Algumas empresas tem projetos bem elaborados, a maior parte não tem nem projeto. Mas serão levadas de alguma forma a esta nova frontera do mundo de negócios. Quem resistir, protelar, poderá não ter tempo para reagir. 
Luciano Basile
 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Nuvem vai canibalizar mercado de hardware e software tradicionais



De acordo com um relatório da Baird Technology Research Capital, "serviços em nuvem vão conduzir a um encolhimento da torta de gastos de TI. Com as empresas cada vez mais substituindo servidores e infraestrutura de rede por serviços de nuvem, veremos um impacto direto significativo sobre o hardware existente e sobre os fornecedores de software." Ou seja, os fornecedores de tecnologia corporativa tradicionais vão ganhar menos com a migração cada vez maior para a nuvem.

A realidade é que estamos cada vez mais dependentes de recursos baseados em nuvem e menos dependente de hardware tradicional de TI e ativos de software. Embora o impacto seja pequeno hoje, eu suspeito - e o relatório da Baird confirma - que, em 2016, os fornecedores de tecnologia tradicionais estão em apuros.
Segundo a Baird, "para cada dólar gasto com serviços de nuvem [Amazon Web Services], há pelo menos 3 a 4 dólares não gastos com a TI tradicional, e essa relação provavelmente vai expandir. Em outras palavras, com a AWS chegando a 10 bilhões de dólares em receita em 2016, a perda do mercado de TI tradicional será de pelo menos 30 bilhões a 40 bilhões de dólares."
Embora os números incluam hardware, o peso maior do impacto é sobre as vendas de software empresarial. Inicialmente, as receitas de hardware devem subir um pouco, porque muitas empresas estão construindo nuvens privadas. Além disso, grandes provedores de cloud computing estão sempre adicionando hardware. No entanto, todos acabarão por serem capazes de fazer mais com menos.
O que vai ser interessante é a forma como a indústria de tecnologia se ajustará a essas mudanças e especialmente como os tradicionais fornecedores de hardware e de software vão se preparar para a mudança. Já, IBM, Hewlett-Packard, Microsoft, Oracle, e outros já estão movendo suas ofertas de tecnologia para a nuvem, e vão continuar a fazê-lo.
Mas será que esses provedores tradicionais vão ter fôlego suficiente no mercado de cloud no momento em que a mudança se acelera, para permanecerem líderes? Se as estimativas de Baird são verdadeiras, para cada dólar que eles fazem coma venda de serviços de nuvem pública, eles vão perder  3 a 4  dólares da receita tradicional de hardware e software. Em outras palavras, eles serão canibalizados no seu mercado, o que pode redefinir fortemente o que eles fazem. E não tenho certeza que eles tenham outra escolha.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Banco do Brasil e Caixa inauguram data center compartilhado em Brasília


A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil podem criar novas parcerias em áreas de infraestrutura, segurança, transporte de valores e suprimento de materiais, segundo os presidentes das instituições, respectivamente, Jorge Hereda e Aldemir Bendine. Os dois dirigentes das instituições inauguraram o Complexo Datacenter BB-Caixa, localizado no Parque Tecnológico Capital Digital, em Brasília.


O data center é um conjunto de prédios que abrigam equipamentos de tecnologia da informação das duas instituições financeiras. A construção, que teve o contrato assinado em 2010, foi feita por meio de parceria público-privada (PPP) com a empresa GBT. A propriedade do complexo é dividida em 80% para o Banco do Brasil e 20% para a Caixa.

O Datacenter BB-Caixa é a primeira PPP federal, do tipo concessão administrativa. A parceria não envolve a compra dos equipamentos de tecnologia da informação, mas de infraestrutura, como geradores, ar-condicionado, nobreaks, entre outros.

De acordo com o BB, a parceria garante serviços de data center por um período de 15 anos, com serviços de infraestrutura predial, energia elétrica, água, sistema de detecção e combate a incêndios e todos os serviços condominiais, como vigilância, limpeza, portaria e controle de acesso.

Ainda segundo o BB, o investimento para a construção e instalação do complexo foi 322 milhões de reais. As despesas de compartilhamento do espaço para os próximos 15 anos são estimados em 900 milhões de reais. A área total construída do Complexo Data center é 25 mil metros quadrados. No decorrer dos anos, serão investidos mais de 2 bilhões de reais na aquisição de equipamentos de tecnologia da informação.

De acordo com o BB, o data center vai reduzir riscos operacionais e segue normativos internacionais que tratam de segurança em tecnologia da informação em bancos. Segundo Bendine, a parceria é uma das respostas ao desafio de se ter eficiência operacional. “Vamos avançar em outras parcerias”, informou. Para Hereda, os ganhos de eficiência vão sempre ser repassados para os clientes do banco.
*Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 14 de março de 2013

Os chineses chegaram


Fonte: Isto é

O que significa a entrada dos gigantes bancários ICBC e Banco da China no mercado brasileiro? Uma coisa é certa: a concorrência vai esquentar por aqui. Saiba por quê

O número 3.477 da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, abriga o edifício Pátio Malzoni, uma das mais modernas construções da região, famosa por acolher escritórios de nomes estrelados do mundos dos negócios, nacionais e internacionais. O empreendimento já foi batizado de ‘jóia da Faria Lima’ por sua arquitetura suntuosa, com uma fachada de vidro que cobre três torres de 21 andares, construídas numa área de 22 mil metros quadrados. É nesse endereço que o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), o mais lucrativo e o maior banco em valor de mercado do mundo, deve começar a operar ainda neste ano, depois de receber a licença definitiva do Banco Central no mês passado. 
 
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Estratégia Zen: o ICBC e o Banco da China, que estão entre os maiores bancos do mundo,
fortalecem presença no País de olho no intercâmbio comercial.
 
O ICBC alugou um andar de 1,7 mil metros quadrados, de onde o chinês Zhao Guicai vai comandar a operação brasileira, a 34ª do ICBC no exterior. A 4,5 quilômetros do Pátio Malzoni, o Banco da China, que também integra a lista das maiores instituições financeiras do mundo (veja o quadro abaixo), começa a ocupar os dez andares de um edifício na rua Frei Caneca, 1332. Presente no País desde 2009, o banco deve inaugurar a nova sede até o final do ano – até então, ocupava dois andares de um edifício na região da avenida Paulista. As duas instituições estatais são concorrentes e partilham da mesma ambição: querem participar da expansão dos negócios entre a China e o Brasil, traduzida numa corrente comercial que chegou a US$ 77,1 bilhões no ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, 37% a mais do que em 2010. 
 
“Vamos criar uma plataforma de investimentos para empresários chineses e brasileiros”, disse à DINHEIRO Zhao Guicai, 45 anos, que chegará ao Brasil, junto com a mulher e a filha, nas próximas semanas. “Temos planos de nos desenvolver como banco de investimento e gestão de capital.” Essa é sua primeira incursão pelo ICBC fora da China (leia entrevista ao final da reportagem). Como tudo que é referente à China, os números do ICBC são superlativos. Só em ativos são US$ 2,7 trilhões, mais do que o PIB brasileiro (US$ 2 trilhões), e superior aos ativos dos 50 maiores bancos brasileiros, que somam cerca de US$ 2,2 trilhões. Embora não seja o maior do mundo por esse critério, o ICBC é o líder global em valor de mercado, US$ 240 bilhões em março, seguido pelo China Construction Bank, com US$ 195,9 bilhões. 
 
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Dilma e Jiabao: parceria estratégica para quadruplicar comércio bilateral até 2021
 
Só depois dos chineses vêm o americano Wells Fargo, o HSBC e o mítico J.P. Morgan. O Bank of China está em sétimo lugar no ranking, com valor de mercado de US$ 128,8 bilhões. A crise europeia e americana fez os investidores valorizarem muito a oportunidade de comprar ações dos bancos de uma das economias mais dinâmicas do mundo. Mesmo com esse cacife, os chineses entram no Brasil com operações pequenas, para tatear o mercado. O ICBC, por exemplo, começa com um capital inicial de US$ 100 milhões, o que garante a possibilidade de emprestar até US$ 1 bilhão no mercado, ao menos inicialmente. É uma gota no oceano diante do tamanho do grupo. Mas Guicai, nascido na província de Shan Dong, não tem pressa. 
 
Caso seja bem-sucedido, pode proporcionar aos dois emergentes um intercâmbio superior a US$ 300 bilhões em 2021,o que garantiria negócios suculentos como um pato laqueado para o ICBC. “Podemos fornecer serviços financeiros para apoiar o desenvolvimento do comércio”, diz ele. Nesse sentido o rival Banco da China saiu na frente. De 2009 para cá, a instituição vem se familiarizando com o mercado brasileiro e tem, entre seus clientes, empresas como Petrobras, Embraer e a BRFoods. No caso da Petrobras, por exemplo, o banco atua como avalista de empresas na China que compram petróleo da estatal. Segundo o presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Dongxiang, essa primeira etapa de atuação no País serviu para organizar e estruturar sua operação de financiamento de comércio para o mercado chinês. 
 
“Agora, é hora de crescer e ganhar volume”, afirma Dongxiang. Formado em administração, com mestrado em economia, ele estima em R$ 25 milhões a receita da instituição no ano passado. Assim como no caso do ICBC, trata-se de um volume acanhado diante do potencial de negócios do Banco da China, que conta com mais de 10,3 mil agências nos 35 países em que está presente, atendendo mais de 150 milhões de clientes. Uma das apostas de Dongxiang para aumentar seus resultados no País é oferecer atendimento às empresas brasileiras que estão se instalando em território chinês. “Toda empresa que pretende negociar com a China pode contar com a nossa rede de atendimento”, diz. “Teremos uma filial na província, cidade ou distrito com a qual ela estiver fazendo negócios.”
 
Neste momento, são focos de atuação o financiamento das exportações bilaterais e o suporte financeiro a atividades na área de infraestrutura e manufatura, e, no médio prazo, serviços variados que vão de liquidações à assessoria em fusões e aquisições. O mapa da mina dos bancos chineses atende pelo nome de Plano Decenal de Cooperação, firmado em junho deste ano pela presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Wen Jiabao, durante a Conferência Rio+20. Na ocasião, os dois chefes de Estado anunciaram a elevação do relacionamento sino-brasileiro ao patamar de “Parceria Estratégica Global”. Guicai lembra que o Plano Decenal prevê metas de atuação conjunta até 2021, como o projeto de quadruplicar o comércio bilateral nesse período. 
 

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Freiberger, do HSBC: 10% do comércio bilateral já tem suporte
do banco fundado em Hong Kong
 
Os dois bancos, entretanto, vão concorrer na oferta de serviços financeiros no comércio Brasil-China com pelo menos uma instituição já instalada no País, o HSBC. Fundado em Hong Kong, e presente no Brasil desde 1997, quando adquiriu o Bamerindus, o banco atende a cerca de 30 empresas chinesas no Brasil e em torno de 20 empresas brasileiras na China. Em 2009, o banco decidiu liderar o atendimento aos negócios bilaterais, de olho no protagonismo que os chineses ganharam como principal parceiro brasileiro. “Nós já damos suporte a pelo menos 10% do fluxo comercial entre os dois países”, diz Fernando Freiberger, diretor de corporate banking do HSBC. Ou seja, dos US$ 77 bilhões de comércio entre os dois países, US$ 7 bilhões tiveram a participação do HSBC.
 
Mesmo com a concorrência local, os executivos dos bancos chineses estão confiantes. Dongxiang, do Banco da China, tem planos ambiciosos. Além do corporate banking, o banco deve estrear no varejo, com a oferta de produtos e serviços básicos, como conta corrente, cartão de crédito e empréstimos consignados. A princípio, serão abertas representações do Banco da China em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas não está descartada a expansão para outros Estados, onde houver maior concentração de clientes. “Por ora, a ideia é investir no atendimento virtual”, diz Dongxiang, que já dirigiu a subsidiária do banco na Alemanha antes de chegar ao Brasil, em maio deste ano. 
 
O executivo tem aulas de português, mas ainda precisa de um intérprete para se fazer entender. “Se aprendi alemão, não tenho por que não aprender português”, diz Dongxiang, que simpatiza com o futebol brasileiro, em particular com o Corinthians, que contratou seu conterrâneo, o atacante Chen Zizao. Neste momento, não está no radar dos chineses a aquisição de concorrentes brasileiros. “Mas, dependendo do desenvolvimento do mercado, essa hipótese pode ser considerada”, diz Guicai, do ICBC. O presidente do Banco da China segue a mesma linha. “Precisamos, primeiro, expandir nossa atividade para vir a considerar alguma aquisição”, afirma Dongxiang. Com recursos multibilionários, os gigantes asiáticos teriam poder de fogo para comprar ativos locais e, inclusive, alterar o ranking do setor financeiro nacional. 
 
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Mas não há nada que aponte para uma estratégia nesse sentido, ao menos no curto prazo. Ao contrário, a atuação internacional das duas instituições tem sido discreta. “A razão que explica a entrada do ICBC e a expansão das atividades do Banco da China no País é o aumento do número de empresas chinesas no Brasil”, diz o economista chinês Bo Zhuang, da consultoria britânica Trusted Sources, especializada em mercados emergentes. Zhuang, que chefia o escritório da Trusted, em Pequim, explica que a atuação do ICBC e do Banco da China no mercado internacional é caracterizada por movimentos modestos na área de varejo. O ICBC, por exemplo, opera redes de não mais que dez ou 20 agências nos países em que está estabelecido fora da China.
 
Na Argentina, por exemplo, o grupo comprou, no ano passado, três agências do sul-africano Standard Bank, e faz planos para entrar no Peru, também com a incorporação de um pequeno banco.“A atuação dos chineses não vai causar nenhum impacto significativo no sistema financeiro brasileiro, como foi o caso do Santander, por exemplo”, afirma Zhuang. O banco espanhol, desde que chegou ao País, em 1997, adquiriu quatro instituições brasileiras, incluindo o Banespa, em 2001, e as operações do holandês ABN Amro, em 2008, o que o guindou ao quarto lugar no ranking do setor. Ao contrário da fúria espanhola, os chineses preferem adotar um estilo mais zen. Seja como for, é notório que o interesse dos bancos pelo Brasil aumentou, não só pelos planos do ICBC e do Banco da China como também pelo movimento de outras instituições financeiras. 
 
O China Construction Bank (CCB) e o Bank of Communication estariam sondando o mercado brasileiro em busca de ativos disponíveis. O CCB até tentou adquirir a filial local do alemão WestLB, no primeiro semestre deste ano. O grupo foi assessorado pelo BTG Pactual e o mercado dava como certo que a venda seria fechada. Mas, em junho deste ano, o WestLB foi arrematado pelo banco japonês Mizuho. Embora contrariados, os executivos do CCB não arquivaram seus planos, explica uma fonte próxima. “Eles continuam avaliando outras compras“, afirma. O foco dos chineses são bancos pequenos, observa Hsia Hua Sheng, mestre em finanças pela Fundação Getulio Vargas, de São Paulo. “É o modo de começar a conhecer o mercado brasileiro”, diz. 
 
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Tang, da CCIBC: "A China pretende investir em muitos setores
por muito tempo"
 
Enquanto isso, o Banco da China aproveita a vantagem do pioneirismo e já faz planos de estabelecer parcerias com bancos nacionais. A ideia, segundo o presidente Dongxiang, é garantir aos clientes de outros bancos que fazem negócios com a China o acesso a sua vasta rede de agências no território chinês. “Podemos, também, apresentar a algum parceiro local os nossos clientes chineses”, afirma Dongxiang. A contrapartida seria aproveitar as redes de atendimento no Brasil para ofertar os produtos e serviços com a marca chinesa. Para Erivelto Rodrigues, presidente da agência de risco Austin Ratings, e especialista no setor financeiro, a estratégia do Banco da China é inteligente e faz todo o sentido.
 
“É um bom negócio para os dois lados, pois nenhuma companhia pode desprezar o poder da China nos dias atuais”, diz Rodrigues. Mais do que isso, a chegada dos chineses no setor bancário é uma boa notícia para o Brasil, avalia Hsia Hua Sheng, da FGV. “Não só para fortalecer o comércio exterior, mas como fator de atração de novos investimentos diretos”, diz. No ano passado, o investimento chinês no País, segundo a Câmara Empresarial Brasil China, foi de US$ 10,8 bilhões. Neste ano, o capital asiático continua chegando. A petroleira Sinopec, por exemplo, adquiriu 30% dos ativos da portuguesa Galp na Petrogal, que atua na exploração da camada do pré-sal na Bacia de Santos. 
 
“Há interesse de investir em diversas áreas e por muito tempo”, diz Charlie Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCBIC). Além do petróleo, a China investe pesado em energia. Só a State Grid anunciou na semana passada que planeja investir US$ 5 bilhões até 2015, em geração, transmissão e distribuição. Em veículos, a montadora Chery, que deu início às obras de uma fábrica em Jacareí (SP), está investindo US$ 400 milhões. É justamente o potencial de negócios envolvido na migração de seus compatriotas o pano de fundo para a discreta, mas persistente, entrada dos bancos chineses no Brasil.
 
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“O Brasil será o motor da economia global”
 
O presidente do ICBC Brasil, Zhao Guicai, aposta na consolidação das relações entre a China e o Brasil, e não descarta entrar no varejo e até adquirir bancos locais. 
 
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Como o sr. vê a economia brasileira?
O crescimento do Brasil nos últimos anos consolida sua economia, especialmente desde a crise de 2008.O País já se tornou a sexta economia do mundo. A Copa e a Olimpíada de 2016 também vão estimular o crescimento, com a consequente geração de empregos. Se, nos próximos anos, forem resolvidos os problemas com câmbio, inflação e os custos trabalhistas, o Brasil vai se tornar o foco do mundo e o motor da economia global.
 
Qual será o foco do grupo no Brasil?
Queremos fortalecer a oferta de financiamentos de comércio sino-brasileiro. E ainda, ter serviços financeiros especialmente voltados aos projetos locais de infraestrutura, industriais e para empresas de destaque. Temos planos de desenvolver-nos como banco de investimento e gestão de capital, criando uma plataforma para os investidores chineses e brasileiros.
 
Quais são as áreas de interesse?
Solicitamos a licença de banco comercial e de banco de investimento para o BC brasileiro. No futuro, podemos oferecer serviços de depósitos, empréstimos, liquidação, consultoria de fusões e aquisições. Temos interesse em participar de qualquer área que ajude a desenvolver a relação entre a China e o Brasil.
 
Como o banco fará a ponte dos negócios bilaterais?
Segundo o Plano Decenal de Cooperação, firmado pelos governos brasileiro e chinês, o volume de comércio vai quadruplicar até 2021. Nesse contexto, o ICBC pode apoiar o comércio e investimento bilateral. Podemos, também, apresentar as empresas brasileiras ao mercado asiático ou as chinesas ao mercado brasileiro.
 
O ICBC financia operações da Embraer na China. Que outras empresas estão sendo financiadas por lá?
Em 2010, participamos do projeto de emissão das novas ações da Petrobras, que levantou um capital de US$ 1,2 bilhão. Isso não só ajudou a Petrobras a captar recursos como também estabeleceu uma boa imagem e fortaleceu a reputação da companhia no mercado asiático.
 
O ICBC vai adquirir algum banco brasileiro? 
Neste momento, não temos planos, mas, com o desenvolvimento do mercado, não excluímos essa possibilidade.
 
O ICBC segue os investimentos de empresas chinesas no mundo?
Estamos tentando nos desenvolver como um banco mundial. Seguir os investimentos de empresas chinesas ao redor do mundo é inevitável. Até agora, temos divisões em 34 países. Por causa disso, o significado do ICBC Brasil para a estratégia internacional do banco é enorme.
 

terça-feira, 12 de março de 2013

Apetite insaciável: BTG Pactual conquista controle do financiamento da Atento Brasil


Fonte: Infomoney
BTG-pactual-conquista-controle-do-financiamento-da-atento-brasil-televendas-cobranca
Banco conseguiu controle do financiamento bilionário da compra da Atento Brasil por gestora norte-americana, segundo matéria do Valor Econômico
Por: Carolina Gasparini 
O BTG Pactual (BBTG11) conseguiu o controle da operação de financiamento da compra da Atento Brasil pela gestora norte-americana Bain Capital. O banco ofereceu condições mais flexíveis em troca de garantias adicionais e mesmo com uma taxa maior, desbancou a concorrência do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), que tiveram dificuldades para conseguir uma parte transação, realizada com emissão de R$ 915 milhões em debêntures, diz reportagem do Valor Econômico.
A transação reitera o apetite do banco por operações de crédito. Em abril de 2012, o BTG Pactual levantou R$ 2,4 bilhões com sua oferta inicial de ações. Segundo o Valor, os concorrentes consideram a estratégia do banco agressiva e a instituição tem a carteira com ritmo mais acelerado entre os bancos privados do país, com R$ 28,6 bilhões no final de setembro, apresentando alta de 55% em 12 meses – como comparativo, a carteira de crédito para pessoa jurídica do Itaú cresceu 13,3% no mesmo período, para R$ 257,2 bilhões.
A reportagem aponta ainda que a sintonia criada entre a área de crédito e a de investimentos do BTG Pactual é vista com otimismo por analistas, que acreditam que uma área leva negócios para a outra.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Como será a interface do sucessor do Windows 8?


Toda franquia veterana de cinema eventualmente precisa de um “reboot” para ganhar novo fôlego. Pense em Star Trek e James Bond, por exemplo. Os sistemas operacionais não são diferentes, especialmente os da Microsoft.

Depois de receber duras críticas pelo Windows 8, o que será que a empresa tem na manga para o Windows 9? Nunca é cedo demais para especular sobre o que vem por aí, especialmente considerando os rumores de que a Microsoft prepara para meados deste ano uma atualização do sistema chamada “Windows Blue”. 
A empresa terá que conseguir um perfeito equilíbrio em sua próxima versão do Windows: manter a atual base de usuários satisfeita enquanto prossegue com a transição do velho paradigma do desktop para sua nova interface baseada em toque. E pelo estado atual das coisas no Windows 8, ainda há muito o que melhorar. 
Como era de se esperar, a Microsoft não respondeu às nossas perguntas como pretende evoluir o Windows no futuro. Portanto fizemos uma sessão de “brainstorming”, com a ajuda de alguns especialistas, para determinar quais os possíveis caminhos futuros.
Morte ao desktop
No Windows 8 a Microsoft rebaixou a tradicional interface desktop. Em vez de ser a atração principal quando o PC é ligado, ela é apenas mais um app entre muitos outros na nova “Tela Iniciar”, um dos componentes do que a empresa chama de “Modern UI” (algo como “Interface Moderna”). O fato de que o Windows 8 é basicamente dois sistemas operacionais em um só deu fôlego à idéia de alguns aparelhos híbridos interessantes como o Surface Pro, mas também atraiu duras críticas daqueles que consideram o contraste entre o desktop e a nova Tela Iniciar confuso demais.
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A "Interface Moderna" (Modern UI, antiga "Metro") no Windows 8
Tom Hobbs, diretor de criação da consultoria de design Teague, diz que manter o desktop no Windows 9 seria um erro. “Acredito que uma das coisas que eles deveriam fazer é se livrar de todo o desktop completamente”, diz Hobbs. Nesse caso apenas o lado “touch” do Windows, e os apps especialmente desenvolvidos para ele, sobreviveria.
Mas será que os usuários - especialmente aqueles em ambientes corporativos - não iriam se revoltar? Talvez, mas o compromisso com a nova interface deixaria claro o caminho a seguir, tanto para os usuários quanto para os desenvolvedores, diz Hobbs. Não é muito diferente do que a Apple fez na transição entre o Mac OS 9 e o OSX, um sistema operacional que era incompatível com o software “legado” se não por uma camada de emulação integrada.
“Certamente haverá alguma resistência a isso”, disse Hobbs. “A adoção será lenta, mas ao mesmo tempo significa que as pessoas saberão para onde estão indo”.
A chave para a Microsoft, acredita Hobbs, é capitalizar em seus pontos fortes. Isso significa abandonar a luta para transformar o Windows em um "eletrônico de consumo" - deixando este segmento para a equipe do Xbox e aparelhos como o suposto “Xbox Surface”  - e em vez disso posicioná-lo como o melhor sistema “touchscreen” para empresas. Nesse cenário uma versão do Office para o Windows 9 otimizada para a nova interface seria essencial, claro, mas Hobbs também imagina a Microsoft reinventando o hardware dos PCs desktop com foco na sensibilidade ao toque.
Hobbs nos deu algumas sugestões sobre como este desktop “reimaginado” seria, e aqui está uma delas: imagine um PC All-In-One com a marca Surface, mas que possa ser manipulado à distância usando um sistema como o do Kinect, o sensor de movimentos do Xbox 360. Não é algo tão improvável assim.
Já vimos algumas amostras de tecnologias similares. Uma empresa chamada Leap Motion está lançando por US$ 70 um sensor de movimentos menor que um maço de cigarros que pode ser acoplado a qualquer PC com o Windows 8. A tecnologia é capaz de rastrear os movimentos de ambas as mãos (e todos os dez dedos) 290 vezes por segundo e detectar movimentos de apenas 0.01 mm (veja o vídeo acima). A ASUS diz que irá incluir a tecnologia de detecção de gestos da Leap em vários de seus notebooks mais sofisticados ainda em 2013.
Há outras formas de ir além do teclado e mouse, mas o sucesso depende de quão boa for a integração entre o hardware e o software. E esta integração é o tipo de coisa que segundo Steve Ballmer, CEO da Microsoft, a empresa quer fazer.
Mantenha o desktop para os fãs
Sejamos honestos: matar o desktop no Windows 9 seria uma medida extrema, e altamente improvável. Mas a Microsoft certamente poderia providenciar uma transição mais tranquila. O dekstop continuaria existindo, mas de uma forma que não parecesse tão destoante em relação à Interface Moderna. 
Raluca Budiu, pesquisadora-chefe no Nielsen Norman Group, uma empresa especializada em pesquisa, auditoria, treinamento e consultoria em experiência do usuário, tem uma idéia de como isso poderia funcionar: em vez de oferecer um ambiente desktop completo, a Microsoft poderia oferecer algum tipo de modo de compatibilidade para os aplicativos desktop dentro da nova interface. Você ainda seria capaz de, por exemplo, rodar uma versão completa do Photoshop dentro de uma área autocontida, com seu próprio sistema de janelas. Enquanto isso outro programa desktop, por exemplo o iTunes, estaria confinado a sua própria área.
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O desktop no Windows XP ainda é um favorito entre os usuários
Você perderia a capacidade de rodar aplicativos legados lado-a-lado numa só tela, mas nada da “bagagem” do ambiente antigo seria necessária. Você não teria um Painel de Controle separado, múltiplas versões do Internet Explorer, um gerenciador de arquivos separado ou barra de tarefas, todos recursos presentes no Windows 8 hoje.
“Deixe os apps “de PC” rodarem automaticamente nesse modo desktop... mas não forcem as pessoas a interagir com duas interfaces diferentes”, disse Budiu em uma conversa via e-mail. Em sua descrição, a Interface Moderna tomaria conta do sistema.
A sugestão de Budiu faz sentido em tablets com o Windows 9, onde o principal objetivo é o consumo de conteúdo. Mas em um PC tradicional, um ambiente desktop completo ainda faz sentido, especialmente para os usuários mais avançados que precisam lidar com várias janelas. E em um dispositivo híbrido como o Surface Pro, os usuários podem querer as duas interfaces lado-a-lado.
Então Budiu propõe uma abordagem alternativa, que é basicamente o que os veteranos do PC vem pedindo há muito tempo: separar as duas interfaces. Não joguem os usuários na Interface Moderna quando eles estão trabalhando no Desktop. Tragam de volta um Menu Iniciar projetado estritamente para lidar com as funções e atalhos do desktop. E impeçam que elementos da interface Moderna, como a lista de apps recentes e a barra de atalhos apareçam nos lados da tela, onde atrapalham o gerenciamento de janelas.
“Creio que se realmente quiséssemos oferecer ao usuário a flexibilidade tanto de um PC quanto de um tablet em um único aparelho, uma melhor separação dos dois modos ajudaria”, escreveu Budiu.
Mas qual é o melhor método? Deveria o Windows 9 fazer mais esforço para separar o desktop da interface Moderna, ou deveria colocar menos ênfase no desktop até que ele não seja mais necessário?
Que tal fazer uma coisa, e depois a outra? Desacoplar as duas interfaces poderia ser um ajuste simples, e uma ótima solução a curto-prazo se a Microsoft planeja lançar o “Windows Blue” neste ano. Mais tarde, quando a Microsoft tiver à disposição todo o software e hardware necessários para suportar um paradigma completamente baseado no toque, poderá fazer um rompimento total com o velho conceito.
Refinando a interface
Mesmo que a Microsoft decida mergulhar fundo na Interface Moderna no Windows 9, ainda tem bastante trabalho a fazer. Como apontado pelo Nielsen Norman Group em um recente estudo de usabilidade, o Windows 8 depende muito de comandos ocultos como a barra de menus que é acessada com um clique no botão direito do mouse, ou deslizando o dedo da borda inferior para o centro da tela. Como os usuários não sabem o que está nesses menus até que eles sejam abertos - a assumindo que eles saibam como chegar até eles - o design desperdiça tempo e causa confusão.
Budiu sugere que o Windows 9 poderia dar “pistas” visuais sobre que opções estão ocultas em uma barra de menu. Os aplicativos Modernos já tem bastante espaço vazio na parte de baixo da tela, então há espaço para ao menos dar uma dica sobre o conteúdo da barra de menu, seja usando ícones parciais ou texto.
Outra abordagem seria fazer o Windows mostrar todos os controles relevantes quando o aplicativo é aberto, e só após alguns segundos ocultá-los. Um comportamento que muitos aplicativos para o iOS já adotam. “Isto indica ao usuário que há algo escondido, e também dá a ele uma idéia do que pode ser”, disse Budiu.
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Os "Charms" nem sempre são fáceis de usar
A Microsoft também pode repensar a barra de atalhos na lateral direita da tela, chamada “Charms”. Atualmente é difícil demais acessar as configurações de um aplicativo: é necessário abrir a barra Charms, clicar em Configurações e aí procurar o menu adequado na barra, e você nunca sabe o que encontrará lá até começar a procurar. Mover os ajustes específicos a cada aplicativo para a barra de menu ajudaria a colocar os usuários no caminho certo, especialmente se esta mudança for acompanhada das “pistas” visuais sugeridas por Budiu.
Coloque os apps em destaque
Há um problema com essa idéia de matar o desktop no Windows 9 e apostar todas as fichas na Interface Moderna: os desenvolvedores de aplicativos não estão muito entusiasmados com o Windows 8, e não há garantia de a morte do desktop irá fazer com que mudem de idéia.
Segundo Michael Cherry, analista sênio da Directions on Microsoft, a empresa não tem feito o bastante para que isso aconteça. O principal problema é que a Microsoft não tem dado o exemplo com excelentes apps Modernos de sua própria autoria. Cherry nota que o Office tem servido como “modelo de comportamento” para os desenvolvedores de aplicativos para o Desktop, ilustrando a utilidade de conceitos como a barra de ícones e a interface Ribbon.
Não existe uma fonte de inspiração similar entre as apps Modernas da Microsoft, algumas das quais não tem recursos básicos quando comparadas às suas equivalentes no destkop. O app de e-mail, por exemplo, não suporta contas em servidores POP, algo extremamente popular. O app Reader é incapaz de editar documentos no formato PDF, e o Calendar não suporta convites para eventos ou o gerenciamento de tarefas. Mesmo o tão falado Skype para o Windows 8 não tem alguns dos recursos da versão Desktop, como o compartilhamento de telas, transferência de arquivos e videochamadas em grupo. E a Microsoft ainda não desenvolveu uma versão moderna do Office, e em vez disso escolheu enfiar alguns recursos para melhor compatibilidade com telas sensíveis ao toque no Office 2013.
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Uma versão do Office otimizada para a nova interface? Ela ainda não existe.
“Com isso só me resta concluir que desenvolver apps para o Windows 8 é difícil”, disse Cherry “e o motivo para que eu chegue a essa conclusão é: você consegue apontar um app da Microsoft que seja bom, ou completo em termos de recursos? Se eles não conseguem, que chances um desenvolvedor independente tem de conseguir”?
O Windows 9 terá que combinar os ecossistemas do Windows Phone e Windows. Isto significaria menos trabalho para os desenvolvedores (embora o trabalho de adaptar um app de uma plataforma para a outra seja bastante fácil, diz a Microsoft) e daria aos consumidores um sinal de que a Microsoft está oferecendo um ecossistema maior no qual vale a pena investir.
Se eu soubesse que seria possível jogar um jogo de Windows Phone em um PC com Windows ou mesmo um Xbox 360 sem pagar nada a mais por isso, minhas chances de comprar o game seriam muito maiores. Apple e Google combinaram desde o início suas plataformas para smartphones e tablets. Embora a Microsoft tenha feito muito para unificar o software para smartphones e para PCs com recursos como a integração com o SkyDrive e o Xbox Music, estes esforços só tocam a superfície do que é possível.
A dura verdade para os veteranos
Muita de nossa discussão sobre o Windows 9 aceita a dupla premissa da marginalização do desktop e promoção da Interface Moderna. Estamos apenas sendo realistas: a Microsoft claramente vê futuro em sua nova interface, onde tem mais controle sobre os apps e serviços que as pessoas usam. Embora usuários de PC de longa data possam sonhar com um futuro onde os desktops tem sua própria versão do Windows, intocada pela Interface Moderna, na vida real as chances disso acontecer são mínimas. 
No Windows 9 a Microsoft precisa deixar o legado do desktop para trás de uma vez por todas, enquanto ao mesmo tempo convence as massas a ver a necessidade deste passo pelos olhos da empresa. Para conseguir isso, o Windows 9 deve fazer com que a nova interface beneficie o maior número de usuários possível.
Não importam os detalhes, este é o futuro do Windows. E, fazendo mais um paralelo com o cinema, esperamos que a próxima versão seja mais parecida com o incrível: “O Cavaleiro das Trevas” do que com porcarias como “Batman & Robin”.
Por 

JARED NEWMAN, PC WORLD/EUA

quinta-feira, 7 de março de 2013

Como aumentar a taxa de sucesso dos contratos de SLA


STEPHANIE OVERBY, CIO/EUA


A necessidade de reavaliação dos modelos de SLA (acordo de nível de serviço, em português) firmados entre clientes e prestadoras de serviços terceirizados de TI é latente. Especialistas afirmam que as empresas avaliam esse tipo de cláusula apenas por questões técnicas, como a adequação para os serviços de nuvem, que exige cláusulas específicas, mas esquecem de analisar as implicações para o negócio.
Definir muito bem o escopo da prestação de serviço e avaliar as especificidades da atividade e sua importância e criticidade para o negócio é a primeira atitude para fechar um bom SLA. Definir o escopo de atividades é uma das coisas mais difíceis e que merece muita atenção. Só é possível fazer um bom acordo de nível de serviço se o contrato estiver muito claro.
Outra dica importante é pensar em um acordo que atende as necessidades do negócio. Em caso de uma loja virtual, por exemplo, é preciso lembrar que é inadmissível ficar fora do ar em véspera de Natal ou Dia das Mães, quando acontecem as últimas vendas. Cada negócio tem suas necessidades específicas, é preciso levantá-las para estabelecer um bom contrato.
A transformação dos SLAs atuais em regras que contemplem todas as áreas corporativas não é simples.  E deve seguir os seguintes passos:
1. Envolva as áreas de negócio: “Assim como a definição dos acordos de nível de serviço – precificação, legalidade, duração de contratos – é feita pela pela TI com a participação de outros departamentos da companhia (finanças, jurídico, entre outros), o mesmo deve acontecer com o monitoramento do nível dos serviços”, afirma o sócio da consultoria norte-americana de terceirização Pace Harmon, Steve Martin.
“Sem a participação dos departamentos que são diretamente impactados pelos serviços no processo de avaliação dos SLAs, os aspectos julgados pela contratante continuarão levando em conta apenas questões como disponibilidade e suporte”, diz ele.
2. Avalie a prioridade dos serviços: nenhum fornecedor tem capacidade infinita de recursos e, por isso, é papel dos clientes identificar quais funções são mais estratégicas para sua operação e não podem ficar descobertas pelos SLAs.
No entanto, para evitar futuros conflitos, os gestores de TI devem definir quais as prioridades da companhia juntamente com os executivos de negócio. “Além disso, é preciso que os representantes dos departamentos envolvidos também assinem o contrato com a prestadora de serviços”, afirma Martin.
3. Direcione um profissional para a avaliação dos SLAs: na maioria das vezes, o desafio de gerenciar globalmente os acordos de nível de serviços não pode ser superado apenas com participação de um fornecedor – já que a mesma companhia provavelmente terá contratos com diversas empresas de terceirização de TI.
Por isso, a empresa contratante deve alocar um profissional (com conhecimentos técnicos e de negócios) para gerenciar os SLAs de toda a organização. Esse executivo terá a missão de identificar as necessidades de cada departamento e traduzi-las para os fornecedores.
4. Avalie os acordos de nível de serviços constantemente: geralmente os SLAs são definidos na ocasião da contratação dos fornecedores e permanecem com as mesmas determinações por muito tempo. Os negócios mudam, novas tecnologias surgem e as necessidades das companhias são alteradas por essas variáveis. Por isso, os acordos devem ser reavaliados periodicamente para que estejam sempre atuais

domingo, 3 de março de 2013

Cinco dicas para escolha de um provedor de soluções


DANIEL VIVANCO/CIO MÉXICO


A manutenção dos sistemas é um dos serviços mais caros para as empresas, pois pode representar até 80% dos orçamentos atuais da TI. Não escolher um solution center com instalações adequadas, certificado e que ofereça treinamento apropriado aos seus profissionais é um erro grave, dizem os especialistas.
É comum que as organizações optem por contratar um terceiro para ser responsável pelo desenvolvimento e suporte da infraestrutura de TI. Porém,  se esse processo não for conduzido com cautela, o outsourcing não resolverá os problemas e a redução de custos pode ser nula.
Um solution center é um centro onde especialistas de TI trabalham para manter e desenvolver soluções customizadas como software, aplicações em nuvem e outros produtos. Esse trabalho pode ser realizado na empresa, em um local remoto, em outra cidade ou país, promovendo a criação de postos de trabalho em diferentes regiões.
O solution center é responsável por fornecer mão de obra local e  infraestrutura necessária para o funcionamento adequado dos serviços. Uma vez que o vendedor entende as necessidades do cliente, ele pode fazer uma proposta personalizada. A ideia é criar um plano abrangente que vai desde as instalações, infraestrutura de TI, segurança, acesso, pessoal treinado e processos com os quais irá trabalhar. 
Entre os serviços que podem ser oferecidos por um centro de soluções estão:
1-Desenvolvimento de aplicações
O ciclo de vida do desenvolvimento de software deve ser certificado e baseado em fundamentos de Project Management Institute (PMI, na sigla em Inglês). O escopo, custo e tempo devem ser controlados e monitorados constantemente pela unidade de projetos. É necessário fornecer suporte técnico robusto e identificar riscos que podem ocorrer ao longo do projeto.
2-Manutenção de sistemas
Esse é um dos serviços mais caros para as empresas, pois pode representar até 80% dos orçamentos atuais de TI atuais. O pior é que às vezes os gestores não sabem exatamente onde gastam grandes quantidades de dinheiro, direcionando recursos para outras áreas. A manutenção eficiente é essencial para garantir o funcionamento de aplicações vitais para os negócios. 
3- Teste de software
É essencial avaliar a qualidade e o bom funcionamento das aplicações em cada etapa de desenvolvimento. Um processo sólido reduz o risco de falha em grandes projetos, controlando a prevenção de defeitos que duplicam o trabalho. Os testes evitam atrasos nos prazos de entrega, garante a qualidade do suporte aos clientes, bem como na definição correta da estratégia de negócio.
Veja a seguir cinco qualidades que um solution center precisa ter:
1. Qualidade
É importante a contratação de uma empresa ou de profissionais que tenham as qualificações necessárias para o tipo de serviço prestado. Por exemplo, o processo de desenvolvimento, trabalho de gerenciamento de pedidos, administração de projetos devem ser baseados nas práticas do PMBOK ou CMMI.
2. Aspectos legais 
O solution center deverá se responsabilizar legalmente pela mão de obra oferecida, questões trabalhistas, direitos autorais e respeitar acordos de confidencialidade.
3. Recursos materiais
A empresa tem que operar com infraestrutura necessária para garantir a qualidade de seus serviços, seja em outro estado ou país. Isso inclui questões de segurança, conectividade com contratação de várias operadoras, ter redes com velocidade, VoIP ou o que for preciso para entrega dos serviços de forma eficiente.
4. Recursos humanos
As pessoas são o maior ativo de uma empresa. Assim lealdade e confiança é um bom indicador do que está acontecendo lá dentro do solution center. Atualmente, existem estudos que podem nos dar uma ideia das melhores empresas para trabalhar.
5. Segurança
O provedor tem de se adaptar e respeitar as necessidades de seu cliente. A infraestrutura tecnológica define o sucesso de uma empresa na medida em que a sua robustez, qualidade e sustentabilidade traduzem em aumento do investimento em TI. 
"Um centro de soluções pode ajudar as empresas a agilizar suas operações e reduzir os custos, permitindo que elas se concentrem no desempenho dos negócios", avalia David Martinez, gerente de solução Praxis Center, que recomenda que alguns cuidados na escolha do parceiro pode evitar dor de cabeça e gerar redução de custos.

sábado, 2 de março de 2013

Empresas podem ter problemas legais com uso de dados das redes sociais


Os dados gerados pelas redes sociais estão se tornando um bem de valor inestimável para as equipes de marketing e de negócios. Esses profissionais estão descobrindo novas formas de fazer uso das informações publicadas pelos usuários das mídias sociais para impulsionar negócios. Porém, advogados chamam atenção para os cuidados que precisam ser tomados com o uso desse tipo de dado.    

O escritório de advogacia Kemp Little, baseado em Londres, na Inglaterra, alerta que há restrições legais sobre o uso de dados das redes sociais. Poucas organizações estão cientes sobre essa questão. Apesar de serem consideradas publicas, o uso dessas informações inadequadamente pode gerar processo nas Justiça.  
Os dados de redes sociais podem ser coletados online para gerar diversos tipos de análises, relatórios e pesquisas que apoiam as estratégias de negócios. As redes sociais são uma fonte inesgotável na geração de dados demográficos. Elas permitem saber o nome das pessoas, idade, sexo, religião e suas localizações, entre outras informações. 
Essas redes possibilitam saber até saber onde determinada pessoa está, quais são suas interações, grupos de amizade, preferências, hábitos de compras etc.
Algumas companhias estão coletando dados anônimos nas redes sociais para atrair clientes e chegar a um público-alvo, sem identificar as pessoas. Em outras situações, as informações são obtidas diretamente de redes sociais como Facebook através de ferramentas de análises e métricas. 
As empresas podem se apoiar em recursos como Facebook Connect ou plugins como o botão "Like" do próprio Facebook. Informações dos usuários podem ser rastreadas e analisadas para gerar relatórios que podem valer ouro para as equipes de negócios.   
Propriedade intelectual 
Os advogados chamam a atenção das empresas que estão realizando esse trabalho para as questões de propriedade dos dados. As organizações devem verificar se não estão quebrando leis de propriedade intelectual, coletando dados sujeitos a regulamentos de copyright ou de confidencialidade.
Muitas informações dessas mídias estão sujeitas às leis de proteção de dados, o que significa que elas não devem ser obtidas para finalidades específicas nem ser mantidas por mais tempo do que o necessário.
As empresas de mídia social estão tentando lidar com essas questões. O Facebook, por exemplo, afirma que a coleta de dados por determinado tipo de software só pode ser feita com o consentimento explícito do usuário. Portanto, esse dado não pode ser usado para qualquer outro fim. 
A advogada Suzy Schmitz, do escritório de advogacia Kemp Little, observa que a linguagem dos termos legais utilizada pelas plataformas de mídia social é muitas vezes ambígua. Segundo ela, há uma desconexão entre essas ferramentas e os termos legais porque não explicam com clareza que tipo de dado pode ser usado.
Suzy afirma que as organizações que estão usando dados de mídia social inadequadamente correm o risco de sofrer processo na Justiça. Para evitar problemas futuros, elas devem tomar cuidado para garantir que estão cumprindo todos os regulamentos necessários.
O escritório Kemp Little recomenda que as organizações trabalhem com departamento jurídico na hora de fazer uso de dados das redes sociais. É uma medida importante para assegurar de que não estão quebrando nenhuma regra de confidencialidade e propriedade intelectual.
Outra recomendação é que as empresas não trabalhem com desenvolvedores de soluções ou agências de marketing digital que não respeitem essas regras. Segundo os advogados, os fornecedores de aplicativos que coletam dados online tendem mais a focar na entrega da melhor funcionalidade em vez de se preocupar com a conformidade legal com os regulamentos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um terço das empresas no mundo enfrenta problemas de integração na nuvem


REBECCA MERRETT, CIO/AUSTRALIA


Cerca de um terço dos executivos de TI em todo o mundo enfrenta problemas na integração com a nuvem e outros desafios na hora de implmentar o modelo, revela pesquisa da consultoria KPMG.
O estudo, que ouviu 674 executivos seniores de 16 países, identificou que 33% dos entrevistados estão tendo de arcar com maiores cursos de implementação de nuvens e 31% estão descobrindo que a integração de serviços em cloud com a arquitetura existente é mais difícil do que o eles imaginavam.
Esses desafios foram classificados como os riscos de segurança mais elevados para 26% dos respondentes, o roubo de propriedade intelectual por 21% e questões legal e de compliance por 18%. Um terço disse que os riscos de perda de dados e privacidade são o principal desafio para a adoção da nuvem.
“As organizações ainda estão amadurecendo quando o assunto é ir além dos benefícios da nuvem e passam a considerar aspectos práticos da implementação de serviços em nuvem”, observa Jonathan Taylor, líder de infraestrutura e arquitetura da KPMG Austrália. Segundo ele, tradicionalmente, as organizações trabalham com vários fornecedores, mas com um conjunto tradicional de ambientes de computação e locais.
"Cloud ainda é uma área relativamente nova para projetar e implementar aplicativos. Há uma curva de aprendizado”, observa. "As pessoas e os processos precisam evoluir e isso sempre é um desafio”, completa.
Ele recomenda que as organizações olhem cuidadosamente para a adequação das cargas de trabalho para os ambientes de nuvem, analisem o custo total de propriedade, investiguem os custos ocultos e analisem o impacto do modelo de funcionamento do que está sendo proposto para se preparar melhor para a nuvem.
Por outro lado, 70% dos respondentes relataram que a nuvem já havia entregue eficiências significativas e redução de custos. Taylor afirma que os benefícios ainda podem ultrapassar de longe os problemas de integração e implementação.