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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Número de carros devolvidos aos bancos pelos brasileiros aumenta


Artigo reproduzido do blog Televendas&Cobrança de 
Afonso Bazolli

Numero-de-carros-devolvidos-aos-bancos-pelos-brasileiros-aumenta-televendas-cobranca
Famílias que não conseguem mais pagar a prestação do financiamento.
No primeiro semestre, retomada cresceu 19% em relação a 2014.
Com o orçamento mais apertado, muitos brasileiros não estão conseguindo ficar em dia com o financiamento do carro. E isso tem levado muita gente a entregar, espontaneamente, o veículo para o banco. O resultado é que, no primeiro semestre, a retomada de carros cresceu 19% em relação ao mesmo período do ano passado.
Eles ligam, ligam e ligam. O telefonema da moça que vai fazer a cobrança ninguém quer receber, mas, quando acontece, é uma oportunidade de negociar. “Se eu te der um desconto, o senhor consegue efetuar esse pagamento? O que que eu posso te ajudar?”, pergunta a negociadora Solange Villalon.
Na lista de devedores tem um montão de gente que entrou no vermelho e não está conseguindo pagar a prestação de jeito nenhum. Até quem tinha comprado carrão. E os bancos, que antes davam um tempinho a mais, agora não querem esperar.
“A cobrança chegava para nós iniciarmos o processo com 31 dias. Esse semestre já teve uma mudança, isso antecipou já em alguns bancos, já se começa a cobrar com dez dias, entre dez e 15 dias de atraso e isso reflete também na parte de ajuizamento também da cobrança”, afirma o diretor de planejamento da Localcred, Alexandre Rodrigues. Ajuizamento da cobrança é quando o banco manda pegar o carro de volta.
Mas quem está devendo pode fazer de outro jeito. Uma coisa que o pessoal percebeu é que aumentou muito a quantidade de carros que foram devolvidos aos bancos e financeiras por clientes que não conseguiam mais pagar a prestação do veículo, e aí tiveram que se desfazer da dívida, desapegar mesmo, entregar o carro. Só na manhã da última quinta-feira (23) chegaram ao pátio 60 veículos, 50 deles foram entregues pelos próprios compradores.
“A partir desse ano, a gente notou uma iniciativa maior dos devedores, impulsionada logicamente também pelas ações de cobrança, em que a entrega amigável hoje está no patamar maior do que a recuperação judicial do veículo por inadimplência”, diz o diretor executivo do Instituto Geoc, Célio Lopes.
O resultado? Um mar de carros. Isso em apenas um dos muitos pátios de leilões em São Paulo. “Nós recebíamos 1,9 mil carros por mês, e estamos recebendo 2,4 mil veículos por mês. Nós estamos falando de veículos leves”, aponta o leiloeiro Ronaldo Milan.
Mas, se você está na forca sem conseguir pagar a prestação, fique ligado: nem essa “entrega amigável” nem a recuperação judicial acabam com a dívida com o banco. O carro que vai para leilão é vendido por um preço pelo menos 15% menor que o de mercado. Esse dinheiro da venda vai para o banco e é usado para abater as prestações que estão em aberto, mas nem sempre é suficiente. “Se o valor foi abaixo da dívida do cliente, restará ainda um saldo devedor. Quem deverá pagar é a instituição financeira”, explica Lopes.
O Procon orienta o de sempre nessa hora de aperto: chora, negocia. “É muito importante que o consumidor consiga essa renegociação com a empresa. É um momento até de apresentar uma proposta, uma medida conciliatória, para poder quitar o valor”, diz a coordenadora da área técnica do Procon-SP, Renata Reis.

sábado, 25 de abril de 2015

Rumos do Mercado de Cobrança

Recentemente publicamos Post a respeito dos rumos do mercado x a crise econômica atual. 

Destacamos hoje, post publicado no blog Televendasecobrança, onde a Ação Contact Center, importante empresa de recuperação de crédito do mercado brasileiro demostra que na crise, surgem oportunidades a serem aproveitadas... Leiam o artigo na íntegra aqui

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os riscos de ter a China como modelo industrial a ser seguido


Este Post poderia ter como título "As contradições do capitalismo moderno", onde todos querem cada vez ganhar mais, consumir muito de forma voraz e irresponsável e ... pagar cada vez menos por produtos". A conta não fecha. 
O crescimento anual do PIB da China é fantástico, mas ao mesmo tempo preocupante: ocorreu de forma muito concentrada e acelerada nos últimos dez anos.
Segundo  empresários brasileiros, é arriscado manter todo o investimento em produção centralizado na China, quando o ideal seria investir-se mais em produtos nacionais.
O ponto de vista é interessante e nos faz refletir: qual será o futuro que nos espera? 
 ”Um determinado produto, enquanto no Brasil fabrica-se um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões deste mesmo produto… A qualidade já é bem melhor, e certamente eles tem tecnologia para aumentá-la cada vez mais. E a velocidade de reação é impressionante.
Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas… Com preços que são uma fração dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior da China, pois os salários da região onde está instalada são considerados altos demais: 100 dólares… Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo, que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares. Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios, estamos perante uma escravidão amarela. Hora extra? Na China…? Esqueça!!! O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso…
Atrás dessa “postura” está a grande armadilha chinesa. Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia “de poder” para ganhar o mercado ocidental. Os chineses estão tirando proveito da atitude dos ‘marqueteiros’ ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela “agrega de valor”: a marca.
Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos um produto “made in USA“. É tudo “made in China“, com rótulo americano. As empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares… Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço. Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas e tecnologias, criando unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo.
Enquanto as grandes potências mercadológicas ficam com as marcas, os “designs” e as grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais. Em breve não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só na China. Então, num futuro próximo, veremos os  chineses aumentando os seus preços, gerando um “choque de manufatura”, como aconteceu com o petróleo nos anos 70. Então, o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês. Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo. Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois quem tem o monopólio da produção é quem manda. A China possuirá as fábricas, inventários e empregos, e vai regular os mercados . Iremos  assistir a uma inversão das regras do jogo atual, que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica… chinesa. Nessa altura em que o mundo ocidental acordar poderá ser muito tarde. Nesse dia, os executivos lembrarão com saudades do tempo em que ganhavam dinheiro comprando “balatinho dos esclavos” chineses, vendendo caro suas “marcas-grifes” aos seus conterrâneos. E então, entristecidos, abrirão suas “marmitas” e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas, pois, foram todas copiadas…. “.
Falamos de produtos chineses, mas poderíamos estar falando de serviços indianos, hoje líderes na área de software pagando $ 1000 por um PHd em Matemática e Computação (não é por acaso que os maiores fabricantes de software do mundo estão na Índia), enquanto que no Brasil um programador iniciante já recebe cerca de $ 1500 mais encargos.  
Onde está a ligação da crise econômica que assola o mundo, especialmente a Europa, onde o custo da mão de obra é alto, os benefícios sociais imensos e a produtividade cada vez mais baixa (hoje um Francês trabalha cerca de 34 horas semanais buscando chegar a 30). Será que a ruptura desse modelo não foi causada pela concorrência a que esses países foram submetidos? 
O mundo moderno como o conhecemos produzindo riquezas foi baseado em muito trabalho, pleno emprego e consumo. Hoje para os ocidentais ficou o consumo, para os orientais a força de trabalho produtora de riquezas. É lógico que o modelo não se sustenta. A perda de folego da economia chinesa provavelmente está ligada a crise econômica, está faltando consumidores.