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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Investimentos em data center no Brasil vão crescer 40% até 2016


Os negócios de data center no Brasil continuam aquecidos e os investimentos nessa área tendem a se multiplicar. Até 2016, os gastos com projetos nesse setor no País vão crescer 40%, segundo projeções do Gartner.

Estudos da consultoria com mais de 100 executivos de TI de organizações brasileiras constatou que 26% pretendem expandir seus data centers nos próximos dois anos. A pesquisa englobou provedores de serviços que terceirizam infraestrutura de tecnologia e organizações que contam com sites dentro de casa.
O relatório foi apresentado durante a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center 2013, que abriu nesta terça-feira (09/04), em São Paulo, e se estende até amanhã (10/04).
De acordo com Henrique Cecci, diretor de pesquisas do Gartner e chairman do evento, o mercado de data center no Brasil está expandindo e atraindo novos players. As novas tecnologias e principalmente cloud computing estão estimulando as companhias a investirem mais esse tipo de serviço.
Entretanto, Cecci observa os maiores investimentos em data center no Brasil estão sendo realizados pelas empresas de governo em todas esferas e setor financeiro.

Uma das revelações do estudo é 24% dos novos projetos de data center no Brasil são modernização de infraestrutura já existente.
“As empresas aqui preferem fazer up grade do que construir um novo data center”, conta Cecci, que compara que essa realidade é um pouco diferente da dos Estados Unidos. Lá apenas 9% investem em atualização, enquanto que 29% preferem erguer projetos do zero, aproveitando as mais modernas tecnologias.
O analista Cecci avalia que essas diferenças estão relacionadas com o custo de construção por metro quadrado de novos data os data centers no Brasil, que ainda são elevados comparados com os dos EUA.
Tecnologias preferidas
Quando perguntados sobre os planos para o novo ambiente de TI nos data center nos próximos 2 anos, 65% apontaram a plataforma de servidores blades x86 com Windows e Linux. Nos mercado norte-americano, a preferência por essa tecnologia foi apontada por 50% dos CIOs entrevistados.
Já a plataforma Unix da Oracle foi mencionada por 11% dos executivos brasileiros; a da IBM por 7% e da HP por 5%. Outros 4% pretendem investir em mainframe para equipar seus data centers.
Entre os CIOs entrevistados, 18% têm planos para consolidação de seu data center. Outros 26% mencionaram projetos para concentração de servidores e 35% pretendem consolidar as aplicações.    

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Risco de apagão obriga data centers do Brasil a investirem em contingência


A possibilidade de o Brasil vir a ter um apagão de energia por conta da redução dos reservatórios e crise do setor elétrico preocupa os empresários dos data centers brasileiros, mas eles garantem que têm contingência para manter suas operações, caso aconteçam novos blecautes no País em 2013.

Os data centers estão entre os maiores consumidores de energia elétrica por operaram com infraestrutura de alta densidade. Mesmo com adoção da virtualização e processamento em nuvem, que permitem compartilhar servidores, essas empresas ainda são grandes puxadoras de eletricidade. Como são responsáveis pela operação de muitos sistemas críticos de TI de diversos segmentos da economia que não podem parar, essas companhias  precisam investir pesado em sistemas de contingência.
Caso fiquem fora do ar por falta de energia ou qualquer outro incidente, muitas empresas terão seus negócios impactados, principalmente agora que as companhias estão terceirizando mais serviços de tecnologia e aderindo às aplicações que rodam na nuvem. Para elas, ter esquemas de energia alternativa e redundância é vital para manutenção das operações.
"Nossas operações estão preparadas para funcionar independente do fornecimento das distribuidoras de energia", garante Fabiano Agante Droguetti, CTO da Tivit, que processa aplicações de 1,2 mil empresas, sendo 300 das 500 maiores do País. Um de seus clientes é a Cielo, que processa meios de pagamentos eletrônicos com cartão de crédito e de débito.
Droguetti observa que a distribuição de energia no Brasil é instável e apresenta micro interrupções com muita frequência, o que obriga os data centers a terem planos robustos de contingência e evitar que as operações sejam suspensas. 

No caso da unidade de São Paulo, localizada em Santo Amaro, por exemplo, ele informa que a empresa conta com cinco geradores, sendo que dois funcionam como backup. Esses equipamentos são alimentados por óleo diesel e estão preparados para manter as operações da Tivit em operação por até sete dias, sem precisar de reabastecimento, segundo Droguetti. 

"Nosso gerador leva cinco minutos para entrar em operação. Nesses cinco minutos, nossos sistemas são alimentados por nobreaks que oferecem uma autonomia de até 30 minutos", conta Droguetti. Como a energia da distribuidora é instável e apresenta custos elevados no final da tarde, ele afirma que o data center chega a utilizar os geradores praticamente todos os dias por algumas horas, o que faz com que os equipamentos passem por manutenção constantemente. 

Ainda como parte do plano de contingência, Tivit se abastece de energia convencional por meio de duas subestações da AES Eletropaulo. Embora a distribuidora seja a mesma empresa, Droguetti informa que essa forma de contratação dá mais segurança, pois se uma das redes cair a outra assume a operação do data center automaticamente.

Segundo o CTO da Tivit, o negócio de data center exige contingência. O investimento é alto, mas ele diz que uma parada arranha a imagem da empresa. Assim como a Tivit, o executivo acredita que todos os grandes centros de processamentos de dados estejam preparados para enfrentar um eventual apagão. "Em 11 anos de operação nunca ficamos fora do ar", afirma. "Existe apreensão, mas o risco de apagão não é um problema", diz o CTO.

Na Ativas, data center localizado em Belo Horizonte (MG), o risco de um apagão preocupa, mas a empresa investiu pesado em esquema alternativo. Antônio Phelipe CTO da Ativas explica que a companhia já nasceu preparada para enfrentar esse tipo de ameaça.
A empresa foi a primeira do seu segmento na América do Sul a obter a certificação Tier III, concedida pelo Uptime Institute, que garante disponibilidade de 99,98% de suas operações. O grupo também é credenciado pela TÜV Rheinland, que comprova que seus processos seguem as boas práticas.

A exemplo da Tivit, o data center da Ativas é abastecido por duas subestações diferentes da Cemig, distribuidora de energia de Minas Gerais, que detém 49% do seu capital, o que segundo a empresa, é uma vantagem competitiva ter um sócio do setor. "Às vezes não é nem o blecaute que gera falta de energia. A queda de uma árvore pode interromper o fornecimento e ter dois caminhos alternativos aumenta a redundância", explica Phelipe.  

"Usamos duas redes distintas de energia e a troca é automática", garante o CTO da Ativas, mencionando que a companhia conta um esquema alternativo com dois geradores, sendo um backup ligado por um sistema de barramento para subir imediatamente, caso o primeiro falhe.

Ter uma subestação própria de energia aumenta a contingência e dá mais segurança para o data center. É para  ter mais tranquilidade que a Level 3 está investindo nesse tipo de projeto para alimentar o data center de São Paulo, que hoje é atendido pela AES Eletropaulo.

Além da unidade de São Paulo, a Level 3 conta com outras duas, uma localizada no Rio de Janeiro e outra em Curitiba. Vagner Moraes, diretor da unidade data center da companhia explica que a energia fornecida pela distribuidora oscila muito. Ele contabiliza que em 2012 ocorreram cerca de mil registros de interrupções da rede convencional, o que motivou a companhia a investir na construção de uma subestação própria, que ficará pronta dentro de 24 meses.
"Apesar de termos um data center construído nos padrões de alta disponibilidade, nos preocupa diretamente a possibilidade de um apagão", admite Emerson Ferreira, gerente de compliance da Algar Tecnologia. Segundo ele, o data center do grupo mineiro, que conta com unidade em Uberlândia e Campinas (SP), está equipado com geradores com abastecimento garantido por 48 horas. Entretanto, ele observa que outros serviços podem não ter plano de contingência, como é o caso de transporte para reabastecimento de diesel.
 
Problema com a legislação
De acordo com a legislação brasileira, as empresas não têm opção de contratar dois fornecedores de energia, uma vez que há apenas uma distribuidora por região. Essa situação obriga os data centers a recorrerem aos planos alternativos como construção de usinas próprias e contratação de duas linhas da mesma fornecedora.
"Temos que construir sites prevendo que não podemos depender do fornecimento externo de energia para manter nossas operações em funcionamento. Os mais modernos data centers são desenhados para ser autônomos. Temos que ter geradores a mais", explica Paulo Sartório, gerente de marketing de produtos da Terremark.
Sartório garante que o data center da Terremark tem um plano contingência que permite que a empresa se mantenha até 72 horas em funcionamento em caso de apagão. "Estamos tranquilos porque nossas instalações foram construídas, levando em conta esse tipo de ameaça", afirma ele. 
"Temos uma pequena usina hidrelétrica porque energia é crítica para nosso negócio. Todo mês há uma queda. A energia do Brasil não é de boa qualidade e oscila muito", informa Marco Fonseca, diretor de operações da Locaweb, justificando a necessidade de essas empresas terem esquemas alternativos.
"Se tivéssemos a opção de termos duas concessionárias, não seria preciso investir tanto", diz o executivo, que acha que energia deveria ser como links de telecomunicações e internet, que é possível terem rotas redundantes com diferentes fornecedores. 
Falhas podem acontecer
Outros data centers como T-Systems, Uol Diveo, Embratel, Telefônica e Oi também estão reforçando seus planos de contingência. Entretanto, nem sempre ter esquemas alternativos de energia garantem que as empresas se mantenha no ar em caso de blecaute.
Segundo os especialistas, elas precisam ter pessoal treinado e fazer manutenção constante dos geradores e ter bancos de baterias de qualidade. Os equipamentos devem ser ligados constantemente e os planos precisam ser revisados sempre para funcionarem em caso de incidentes.
Prova disso, foi que no último apagão que o Brasil sofreu em 15 de dezembro do ano passado que afetou cidades de nove estados do País. Um grande data center bem equipado, localizado em São Paulo, ficou fora do ar e prejudicou clientes que tinham aplicações de missão crítica hospedadas em suas unidades.
Segundo especialistas, o motivo da falha não foi ausência de tecnologia, mas dificuldade para colocar os sistemas em operação e mantê-los em funcionamento após a queda do fornecimento de energia da distribuidora. Os geradores e nobreaks foram ativados, mas entraram em pane e o data center interropeu operações.
"Mesmo que não sejam usados, os geradores precisam passar por testes smenais para que funcionem corretamente quando falta energia. É preciso fazer a manutenção do óleo diesel", relata Peter Catta Preta, diretor de infraestrutura da Alog. Ele observa que essas máquinas são como um grande motor de caminhão que têm que ser revisados constantemente e ficarem pré-aquecidos para darem partida no momento certo.
A Alog conta com três data centers, sendo dois em São Paulo e outro no Rio. O localizado no centro da capital paulista conta com cinco geradores e o de Tamboré (Barueri) tem dois equipamentos desses, enquanto o do Rio possue oito equiopamentos para situações de emergência. Essa quantidade, segundo Catta Preta é suficientes para garantir as operações em caso de incidente por até uma semana.
Exigências de SLAs e boas práticas
Com a popularização do modelo de cloud computing, mais empresas estão recorrendo aos data centers para terceirizar serviços de TI. Para que essas companhias tenham garantias de que suas aplicações não vão ficar fora do ar com eventuais quedas de energia, especialistas recomendam que fiquem mais atentas com os acordos de nível de serviço (SLA) e que contratem parceiros que sigam as melhores práticas do mercado.

Uma das formas de avaliar se o prestador de serviço está em conformidade com as regras do mercado são as certificações que exigem que os data centers estejam instalados em locais adequados e se têm planos de contingências. 

O Uptime Institute é uma das organizações internacionais que auditam data centers e atesta se eles oferecem alta disponibilidade com credenciais Tier III e IV. Essa última ninguém possui no Brasil, mas alguns prestadores de serviço comerciais já alcançaram a segunda que são Ativa, T-System, Alog e Embratel.

A Vivo e Petrobras também obtiveram esse selo para seus data centers para uso interno. A certificação Tier III, audita os sites que foram construídos para oferecer disponibilidade de 99,98% 24 horas aos sete dias da semana, avaliando planos de contingência. Outros prestadores de serviço afirmam que atendem aos requisitos dessa norma, mas ainda não passaram pelo crivo do Uptime Institute.

Ivan Semkovski, COO da Globalweb Outsourcing, conta que fez a lição de casa de conferir SLA e certificações quando a empresa decidiu atender seus clientes por meio de terceiros. "Fizemos um estudo para verificar se teríamos data center próprio ou usaríamos infraestrutura de um parceiro. Constamos que não justificava fazer esse investimento", explica o executivo.

Hoje a Globalweb atende seus cerca de 95 clientes ativos por meio de três data centers. No Brasil, a empresa utiliza a infraestrutura da Oi e Terremark. No exterior, a empresa tem acordo com o CoreSite, localizado em Miami (EUA). Segundo Semkovski, todos eles possuem planos de contingência para manter as operações em caso de 
falta de energia ou outras ameaças.
"Um possível apagão regional não nos preocupa porque se a Terremark cair, vamos para os data centers da Oi e vice-versa", diz o COO da Globalweb, que considera ser uma vantagem usar a infraestrutura da operadora com sites distribuídos pelo País. Ainda segundo ele, há alternativa de ir para o CoreSite, caso essas empresas sejam derrubas por blecautes.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Prepare-se para a era do data center em uma caixa


Produtos integrados, que oferecem armazenamento, storage e outras tecnologias estão começando a ganhar força no mercado, indicam analistas do setor.

Basta olhar para a atuação de fornecedores de armazenamento, como EMC, Hewlett-Packard e NetApp, que ingressam no mundo do servidores, software e rede para oferecer pacotes de produtos e reforçar suas ofertas.
Até as startups estão de olho na tendência e desenhando estratégias nessa linha. No ano passado, por exemplo, a recém-criada Nutanix, de San Jose, Califórnia, Estados Unidos, apresentou um servidor virtualizado que está agrupado em conjunto com unidade de armazenamento de estado sólido e rígido, que pode ser gerido sob uma visão única.
"A tendência está começando a criar forma", avalia Arun Taneja, analista principal da consultoria norte-americana The Taneja Group. Nos próximos dois anos, o mercado vai presenciar o que Taneja chama de “HyperConvergence" da computação.
Segundo ele, armazenamento e rede, juntos, registrarão adoção maciça nas companhias, especialmente entre empresas de pequeno e médio porte, que têm menos pessoal de TI para gerenciar infraestruturas cada vez mais complexas.
"Acredito que 2014 será o ano do HyperConvergence. Penso que 2013 será de educação, provas de conceito e testes iniciais, junto com as compras iniciais de produtos do tipo", avalia.
Taneja afirma que embora fornecedoras de infraestrutura de TI como um todo tenham adotado conceitos mais abertos, isso não significa que as plataformas oferecidas serão mais consolidadas. Na visão do analista, grandes organizações de TI têm mais budget para lidar com o desafio de gerenciar peças separadas do ambiente tecnológico. Mas as empresas menores contam com profissionais com um perfil mais generalista para lidar com “um labirinto de equipamentos”, dificultando a tarefa, diz.
“Diante desse cenário, eu realmente acredito que é hora de consolidar a computação, redes e armazenamento para simplificar a vida de um administrador, especialmente em negócios de pequeno e médios portes", aconselha Taneja. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Data center móvel: estratégia itinerante de negócios

O mercado brasileiro de data center está em ebulição. Os empreendimentos nessa área vivem um momento de expansão, tanto no setor comercial quanto no corporativo para atender às demandas de TI, que aumentaram com o aquecimento da economia, e também para preparar o terreno para nuvem. Com essas necessidades, empresas começam a olhar uma nova alternativa para construções de centros de dados. São os sites encaixotados e em contêiner, que seguem os negócios aonde eles estão com instalações em estacionamento, no mar, em hidrelétricas ou na montanha.
Chamados de Container Data Center (CDC), os novos modelos de centros de dados não têm o objetivo de substituir as construções tradicionais em alvenaria. Segundo especialistas, eles são mais para atender necessidades específicas dos negócios.
Esses projetos têm como público-alvo provedores de internet que precisam expandir rapidamente a infraestrutura de TI, órgãos públicos, empresas de extração de petróleo, obras civis, mineradoras e companhias que realizam eventos temporários como as que promovem shows e competições esportivas, entre outros negócios.
A principal vantagem desse modelo, na avaliação de consultores do setor, é a possibilidade de montagem e desmontagem rápida dos centros de dados, uma vez que eles são móveis e podem ser transportados em caminhão para qualquer lugar.
Atentas a essas necessidades, multinacionais que fornecem esse tipo de data center como IBM, HP, Verari, Huawei, Ice Cube, Oracle/Sun e Emerson Network reforçaram suas estratégias para atrair clientes no Brasil. Elas enfrentam a competição com companhias locais. Entre as quais a Aceco, que já construiu mais de 450 centros de dados convencionais no País e América Latina, e que fechou seu primeiro contrato de CDC com a Pado, fabricante de cadeados e fechaduras.
Outra empresa nacional que acaba de entrar nessa briga é a Gemelo, que investiu 2 milhões de reais para iniciar operação com a fabricação no País de CDC montado com tecnologia nacional.
O interesse dessas organizações em participar dos investimentos em data center contêiner no Brasil não é à toa. O crescimento da economia local está obrigando as companhias a investirem mais em infraestrutura de TI ou na contratação de serviços de outsourcing para sustentar a expansão de suas operações. Além disso, elas apostam nesse tipo de solução para atender às demandas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
Quem precisa de CDC?
Esse movimento está acontecendo também nas companhias que optaram por manter suas infraestruturas dentro de casa. Elas precisam ampliar seus centros de dados para atender aos negócios e algumas estão optando pela solução móvel, como é o caso da Pado. A fabricante estava com seu data center físico defasado e em vez de construir um novo prédio, decidiu encaixotar a TI num contêiner e colocá-la no pátio da matriz, localizada na cidade de Cambé no Paraná.
“Optamos por esse tipo de data center para ganharmos mobilidade. A Pado está crescendo muito rapidamente e talvez mude de sede no futuro. Caso isso aconteça, poderemos levar nosso data center pronto para qualquer lugar”, informa o gerente de TI da Pado, Gustavo de Lion Yamane.
O executivo conta que antes de investir no projeto fez um estudo comparando custos entre uma obra física e o CDC para atender às necessidades da Pado por um período de cinco anos. Foram avaliados 14 fornecedores da solução móvel com visitas a instalações no exterior. A companhia analisou ainda a possibilidade de terceirizar a infraestruturra de TI.
No final das pesquisas, a Pado optou pela solução móvel que, segundo Yamane, foi a que respondeu melhor aos requerimentos da Pado. O projeto completo, incluindo o gerador de energia ficou em 5 milhões de reais, sendo que metade desse investimento foi destinada à compra do contêiner totalmente preparado para receber a infraestrutura TI.
“O valor que aplicamos é quase o mesmo que iríamos gastar em um data center físico”, comenta o executivo que destaca como vantagens desse modelo a mobilidade e a rapidez na instalação. O CDC foi montado em 90 dias.
O data center móvel da Pado ocupa uma área de 30 metros quadrados e foi construído pela Aceco. Segundo Fernando Almeida Prado, diretor de Marketing da fabricante, o CDC está equipado com o que há de mais moderno e oferece a mesma proteção dos modernos centros de dados erguidos com paredes de tijolos.
De acordo com ele, a segurança é a mesma das salas-cofres certificadas outdoors. O data center encaixotado também é contra incêndio, explosões e acidentes naturais.
A Universidade Mackenzie também optou por um CDC, que guarda todos os servidores que processa os dados da TI da instituição. O contêiner com todas as medidas de segurança foi instalado no pátio do campus no bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo. O projeto foi implementado pela Oracle com servidores da Sun em parceria com a Huawei Symantec.
Vantagens do data center contêiner
Segundo Sidney Fabiani, presidente da Gemelo, uma das vantagens do CDC é a rapidez na instalação. Segundo ele, um data center contêiner pode ser instalado em até 60 dias. Ele destaca ainda que esse tipo de solução apresenta redução do consumo de energia de mais de 40% e atende todos os requisitos de segurança.
Fernando Almeida Prado, diretor de Marketing da Aceco, complementa que os CDC são modulares e podem crescer de acordo com a necessidade dos clientes, acrescentando novas caixas, como peças do jogo lego, sem parar a TI.
O data center móvel pode ser transportado e instalado até na montanha. O executivo da Aceco menciona o projeto da mineradora Collahuasi, que instalou uma solução dessa no deserto de Atacama, no Chile, a mais de 4 mil metros de altitude.
Mesmo com essas vantagens, Almeida Prado, acredita que o CDC não vai substituir os data centers de tijolos, pois essa solução é uma alternativa para situações em que as empresas não conseguem colocar a infraestrutura de TI em prédios convencionais.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Entidade que certifica data centers inaugura comunidade no Brasil

O Uptime Institute, entidade certificadora de data centers e de consultoria na área, anunciou a inauguração do Uptime Network na América Latina, comunidade já existente em outras partes do mundo e que pretende promover intercâmbio de informações entre os membros.

O presidente da Uptime, Martin McCarthy, está em visita ao Brasil para a inauguração da comunidade e para observar o mercado local. O executivo se diz impressionado com o estágio de profissionalização e competitividade das empresas de data center no País. “O mercado aqui está crescendo muito rápido, uma das razões pelas quais criamos o Instituto.”
Apesar de ressaltar o desenvolvimento do mercado em solo nacional, Martin afirma que o crescimento é um fenômeno global, em parte porque a infraestrutura se tornou algo essencial não só para empresas, mas para a sociedade como um todo.
Martin explica que, nas quatro décadas em que lida com tecnologia, é a primeira vez que um conceito, no caso, cloud computing, sai do lado do consumidor para se tornar dominante no mercado corporativo. “Eu acredito que a computação em nuvem é transformadora, não só dos serviços de TI, mas de toda e qualquer estratégia que envolva tecnologia”, avalia.
O Uptime Institute passou a ser referência para os brasileiros depois que a T-Systems e a Ativas, duas das principais empresas de data center no Brasil, atingiram a certificação Tier 3, que avalia infraestruturas de acordo com disponibilidade, redundância e uso de energia.
Uma das primeiras atividades do Uptime Network será um curso, realizado em Abril em São Paulo, ainda com datas a serem confirmadas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

T-Systems investe R$ 50 mi em novo data center em Barueri

A T-Systems, braços de serviços de tecnologia da informação do grupo Deutsche Telekom, investiu 50 milhões de reais em um novo data center em Barueri, zona metropolitana de São Paulo. Trata-se do segundo data center brasileiro com o certificado Tier III, que avalia infraestruturas de acordo com disponibilidade, redundância e uso de energia. O data center é baseado no conceito de nuvem privada, com foco claro no mercado de grandes contas corporativas.

Com uma área inicial de 600 metros quadrados, o espaço físico já foi montado para a expansão em duas outras fases, totalizando 1800 metros quadrados. A segunda etapa prevê investimentos de 25 milhões de reais e, na terceira etapa, mais 20 milhões de reais serão investidos.

Metade dos cerca de 40 clientes da companhia, que hoje utilizam os serviços de outro data centers da companhia, localizados no ABC e na capital paulista, serão migrados para o novo site. A migração durará seis meses, período no qual a companhia estima operar com cerca de 70% da capacidade dos primeiros 600 metros quadrados.

Com a iniciativa, a subsidiária da multinacional alemã quer aumento na participação no mercado brasileiro e manter crescimento superior a 10% em 2011, mesmo índice com o qual a companhia pretnde fechar 2010. Em 2009, a companhia registrou 388 milhões de reais em receita