Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Educação - uma tragédia brasileira


Mesmo sendo um dos países que mais aumentou os gastos com educação entre os anos 2000 e 2009, o Brasil ainda não investe o recomendado do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e está longe de aplicar o valor anual por aluno indicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Os dados fazem parte do relatório sobre educação divulgado nesta terça-feira (11) pelo órgão.

Os gastos por aluno na educação primária e secundária cresceram 149% entre 2005 e 2009, mas o Brasil ainda está entre os cinco países que menos investem por aluno, entre os avaliados pela OCDE.

INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM EDUCAÇÃO - GASTO ANUAL POR ALUNO

NívelBrasilMédia da OCDEPosição do Brasil no ranking
Ensino pré-primárioUSD 1,696USD 6,6703º pior colocado de 34 países
Ensino primárioUSD 2,405USD 7,7194º pior colocado de 35 países
Ensino secundárioUSD 2,235USD 9,3123º pior colocado de 37 países
  • USD = Dólar americano
  • Fonte: OCDE
Já no ensino superior houve uma diminuição de 2% dos gastos públicos por estudante - com isso, o Brasil fica em 23º lugar de uma lista com 29 países.
Apesar de estar abaixo do recomendado, o investimento público total em educação no Brasil passou de 10,5% em 2000 para 16,8% em 2009. Nesse quesito, o país é o 4º em um ranking de 32 países avaliados – atrás somente de Nova Zelândia, México e Chile.

PIB

A porcentagem do PIB brasileiro que vai para educação também está abaixo do indicado pela OCDE: o Brasil investe 5,55% do PIB no setor, quando o recomendado é 6,23%. O PNE (Plano Nacional da Educação), aprovado na Câmara e que segue agora para o Senado, prevê o investimento de 10% do PIB em educação.
Segundo a OCDE, 4,23% do PIB brasileiro é investido em ensino primário e secundário – acima da média de 4% definida pelo órgão. No ensino superior, entretanto, o Brasil investe apenas 0,8%, sendo o 4º país que menos gasta nesse nível de ensino. Já com pesquisa e desenvolvimento o Brasil apresenta o menor gasto entre 36 países avaliados: somente 0,04% dos investimentos em educação são para o setor.
O relatório destaca a evolução da porcentagem do PIB brasileiro investido em educação: "Em 1995, o Brasil investiu 3,7% do seu PIB em educação, em comparação com a média da OCDE de 5,6%. Enquanto o nível de investimento caiu um pouco em 2000, no Brasil (para 3,5%) e nos países da OCDE como um todo (5,4%), até 2005 o Brasil conseguiu aumentar seu investimento em educação para 4,4% do PIB (a média da OCDE, que ano foi de 5,7%), e em 2009 o nível subiu para 5,5% do PIB no Brasil, enquanto a média da OCDE chegou a 6% e, entre os países do G20, 5,7%".

OCDE

A OCDE é uma organização internacional para cooperação e desenvolvimento dos países membros. Fazem parte da OCDE: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coréia, Luxemburgo, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. 
O relatório "Education at a Glance 2012" analisa os sistemas de ensino dos 34 países membros da OCDE, bem como os da Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul.
A OCDE também é responsável pela aplicação e divulgação dos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).

terça-feira, 8 de maio de 2012

Lidar com números: difícil para uns, essencial para todos



Primeiro período. É o segundo dia de aula no curso quando Anna Valéria recebe a ementa e já sabe quais disciplinas irá cursar no semestre. Duas em especial chamam sua atenção: Matemática I e Contabilidade. Como nunca teve tanto domínio de cálculo, Anna fica receosa de como serão essas aulas. Sua impressão negativa fica pior do que imaginava. As aulas se afastavam do assunto do restante do curso, além de serem bem cansativas. Resultado: o desinteresse foi grande e o aprendizado ficou a desejar.
A dificuldade no aprendizado de disciplinas exatas entre alguns estudantes universitários da área de humanas não é novidade. O problema, no entanto, não começa no ensino superior. De acordo com o professor Antonio Carlos Branco, da área de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as reprovações em matérias como Cálculo se devem à ausência de alicerce em Matemática na escola. "O principal motivo das dificuldades é a total falta de base da Matemática do Ensino Médio com que esses alunos chegam ao Ensino Superior. Alunos que aprenderam bem a Matemática do ensino médio não têm, em geral, qualquer dificuldade no aprendizado do Cálculo", aponta.
Outro aspecto proeminente é a relevância dada pelo estudante. Nicolau Reinhard, professor da área de Métodos Quantitativos e Informática da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o bom rendimento do aluno depende da importância dada às disciplinas quantitativas durante sua trajetória, em especial no Ensino Médio. "Ao reconhecer o mérito destas disciplinas, o aluno lhes dará o valor devido e terá um desempenho adequado. A motivação e habilidade dos alunos na área quantitativa também são desenvolvidas na sua formação básica, principalmente no ensino médio", explica Reinhard.
Imagem: Thinkstock

Mas e as aulas dinâmicas?
Quando se trata do curso de Administração, geralmente, as salas de aula que possuem mais reprovações são aquelas que precisam de algum tipo de cálculo. E os estudantes se defendem: para muitos deles, isso ocorre devido à não-aplicabilidade imediata dos conhecimentos quantitativos e por muitos dos professores se afastarem de assuntos relacionados ao curso. "O problema, muitas vezes, é a didática adotada. Muitos conhecem bastante a parte técnica, conceitual, mas não sabem transmitir o assunto de forma adequada", afirma a estudante Ana Beatriz.
O professor Antonio Carlos Branco destaca que a diferença no método de avaliação de exatas - que é focado em testes e provas - em relação às matérias de humanas - que tem os trabalhos como métodos avaliativos fundamentais - é um ponto que contribui para o baixo desempenho dos estudantes. Mas ele assume que muitos docentes precisam buscar novas formas de ministrar suas aulas. "As aplicações de disciplinas quantitativas no curso dependem das metodologias utilizadas no ensino e na utilização do conhecimento exato", comenta.
E essa relação da disciplina com o cotidiano do estudante deve ser desenvolvida pelos bons profissionais do ensino, segundo Nicolau Reinhard. "O bom professor sempre procurará relacionar o assunto a ser apreendido com conhecimentos anteriores do aluno, o que fará com que ele ilustre as suas aulas com exemplos de uso em outras áreas da vida profissional ou cotidiana. Já que Administração é um curso profissionalizante, o professor também demonstrará a importância e possibilidade de aplicação do instrumental nas várias áreas da Administração. Deste modo, o aluno compreenderá melhor a relevância do assunto para a sua formação e ficará mais motivado para se dedicar ao processo de aprendizagem", destaca o professor da USP.
Pré-requisito obrigatório: dedicação
O estudo de matérias exatas no curso não deve ser uma surpresa para os alunos de Administração, já que na vida profissional eles vão lidar com esse tipo de conhecimento.
A professora Perla Calil explica o caso da área de Finanças: "não é algo estranho para quem escolheu o curso de Administração. Os ingressantes devem saber que todas as decisões tomadas pela empresa - seja na área de Marketing, de Recursos Humanos, de Operações, de Logística, de Estratégia - culminam numa decisão financeira, que gerará investimentos, proporcionará retornos e que precisa ser avaliada quanto ao benefício financeiro".
Aldery Júnior, professor da Universidade de Brasília (UnB), ressalta bem essa ponte com a profissão. "A Matemática está inserida no contexto dos administradores. Os que não sabem matemática financeira não têm como administrar", enfatiza.
Para o professor de Estatística da FGV Kaizô Beltrão, os alunos devem largar essa visão inicial de inaplicabilidade das disciplinas e pensarem como elas serão positivas mais à frente. "É possível que haja mais reprovações [em disciplinas com cálculos], principalmente por uma atitude imediatista dos alunos, que não veem como aquela disciplina pode afetar a aquisição de conhecimento das que a seguem na grade curricular e na profissão".
Por isso, a performance do estudante, como acrescenta Perla Calil, vai depender do seu empenho. "O estudo de Finanças requer o desenvolvimento de exercícios, o que exige tempo de dedicação, e, muitas vezes, isso os alunos não querem".
E dedicação parece ser a chave para a solução do problema do ensino e aprendizado de matérias exatas no curso de Administração. No entanto, essa não deve ser uma ação unilateral. Ela não pode depender unicamente da postura do professor e nem apenas do esforço do estudante. Ambos devem cumprir seus papéis: o docente de ensinar o conteúdo da maneira mais clara possível e o aluno de estudar e praticar o assunto. Assim, a dedicação conjunta é transformadora, pois qualquer matéria, seja ela ou não de exatas, pode deixar de ser vista pelo futuro administrador como um obstáculo para ser uma verdadeira ferramenta que possibilita uma formação profissional mais completa.
Professores explicam a importância das disciplinas exatas nas organizações
Solução de problemas reais
As disciplinas instrumentais como Cálculo e Estatística são fundamentais para a solução dos problemas "reais" e para subsidiar tomadas de decisão. Algumas matérias podem propor modelos que precisam ser testados. Por exemplo, o impacto de uma ação de marketing pode ser modelado como uma função com um pico seguido de uma queda. Diferentes estratégias, com custo diferenciado, podem levar a diferentes impactos. A Estatística pode estimar a razão custo/benefício entre elas.
(Kaizô Beltrão – professor de Estatística da FGV)
Base do gerenciamento financeiro
A Matemática Financeira é um facilitador. Qualquer organização, pública, privada, com ou sem fins lucrativos tem que gerir seus recursos. Se existem recursos, tem que se saber administrar o financeiro e para isso é preciso Matemática Financeira, base para qualquer gerenciamento financeiro.
(Aldery Júnior - professor de Matemática Financeira da UnB)
Conhecimento para a tomada de decisões
Com a crescente globalização e integração dos negócios, aumenta a quantidade e a complexidade de informações que o administrador precisa tratar para tomar suas decisões. Torna-se cada vez mais difícil fazer escolhas apenas com base na intuição. Uma resposta a esses problemas tem sido a crescente formalização dos processos de análise e decisão, como, por exemplo, o uso de modelos matemáticos para "program trading" e "dynamic pricing". Para fazer um uso efetivo destas ferramentas, o administrador precisa ter firmeza nos conceitos de ferramentas matemáticas e estatísticas que estão na base destes modelos.
(Nicolau Reinhard – professor da área de Métodos Quantitativos e Informática da USP)
Analisar e lidar com fatores dentro da empresa
O Cálculo Diferencial e Integral é uma das ferramentas matemáticas mais poderosas e importantes para a análise do comportamento das diversas grandezas com que uma organização lida no seu dia a dia. Não é nenhum "bicho de sete cabeças"! Ao contrário, é uma arma poderosa para lidar com eles e transformá-los em "bichos normais".
(Antonio Carlos Branco – professor da área de Matemática Aplicada da FGV )

sexta-feira, 16 de março de 2012

Economist: estudantes no exterior podem impulsionar economia brasileira



Revista britânica lembra que o Brasil hoje é líder mundial nas áreas em que, há décadas, financiou doutorados no exterior

São Paulo – Uma reportagem da edição desta semana da revista britânica The Economist comenta o programa “Ciência sem Fronteiras”, do governo brasileiro. Segundo a publicação, o “enorme programa de bolsas de estudo pode impulsionar o crescimento econômico do país”.
De acordo com o texto, até 2015, mais de 100 mil estudantes brasileiros, seja de graduação ou de programas de mestrado e doutorado terão passado ao menos um ano em universidades estrangeiras. E este estímulo custará ao país cerca de três bilhões de reais, metade financiada pelo governo.
Ciência sem Fronteiras
Dilma e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad no lançamento do programa Ciência sem Fronteiras: até 2015, 100 mil bolsistas estudarão no exterior
As principais áreas de estudo que o programa vai contemplar são biotecnologia, oceanografia e as ligadas ao petróleo. O Ciência sem Fronteiras, de acordo com a Economist, é a “mais ousada tentativa de impulsionar a engrenagem da economia brasileira”. O país vem crescendo a uma taxa ligeiramente inferior à dos demais países da América Latina e bem abaixo dos emergentes Índia, Rússia e China.
O governo espera que a melhora na qualidade da força de trabalho vá fazer uma grande diferença. A revista, entretanto, observa que os esforços vão demorar a surtir efeito. E por ora, as reclamações dos empregadores a respeito da baixa qualificação da mão de obra são cada vez maiores e mais frequentes.
Segundo a Economist, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França são alguns dos países ávidos por atrair estudantes brasileiros, principalmente porque o governo do Brasil se compromete a arcar com as despesas de estudo.”E os países estão de olho no retorno de longo prazo, na forma de contratos lucrativos, tanto de negócios quanto de educação”.
A revista lembra que até agora, poucos brasileiros estudaram no exterior. Entretanto, os que o fizeram, ao voltar para casa, exerceram “uma desproporcional influência”. “Nos anos 1960 e 1970, o governo brasileiro financiou programas de doutorado no exterior em exploração de petróleo, pesquisa agrícola e design de aeronaves. Hoje o Brasil é líder mundial nas três áreas”, conclui a reportagem.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mercosul e União Europeia lançam escola virtualView Comments



Foi lançada em Brasília ontem (6/12), a Escola Virtual do Mercosul, rede de formação e capacitação virtual, integrada por especialistas e instituições com representação nos quatro países do bloco, que tem como objetivo desenvolver a economia digital e promover a integração econômica nesse âmbito.
A escola é um dos principais resultados do projeto Mercosul Digital, iniciativa de cooperação internacional entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, e conta com financiamento para 27 meses. Envolve cursos de capacitação online, serviços de informação e comunidades de prática, para micro, pequenos e médios empresários, instituições de ensino e pesquisa, e organizações, dos setores privado e público, nas esferas federal, estadual e municipal, além de atores da sociedade civil.
As temáticas desenvolvidas prioritariamente são da área de comércio eletrônico e abordam assuntos como negócios pela internet, segurança em assinatura digital e eletrônica, redes sociais e posicionamento web, aspectos legais, regulatórios, tributários e alfandegários de comércio eletrônico.
Como principais beneficiários, estão listados: empreendedores, produtores rurais, associações profissionais e organizações públicas que promovem pequenos negócios ou a sociedade da informação.
O diretor da Fundação espanhola Centro de Educação a Distância para o Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Ceddet), Miguel Ángel Feito Hernandez, destacou que o setor em questão “tem grande potencial de criar riqueza e é motor de integração econômica e social entre países”. A instituição lidera o consórcio responsável pelo projeto.
O ministro da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, disse que a integração na área de tecnologia da informação se inspira na história da União Europeia e em sua busca de se transformar na região mais competitiva na “economia da economia da informação e do conhecimento”. Ele observou que o Brasil, por sua vez, é líder no que diz respeito à economia do conhecimento natural, mas que o País e o bloco não podem se acomodar na posição de produtores e exportadores de comodities.
“Nós temos que olhar para a economia do futuro, para a economia do conhecimento, para a economia criativa, para a economia verde sustentável, e tecnologia de informação e comunicação é uma dimensão absolutamente indispensável nesse esforço”, comentou. Ele avaliou que o crescimento da economia eletrônica será rápido como o impacto da internet na vida das pessoas.
*Com informações da Agência MCTI

terça-feira, 20 de setembro de 2011

MEC estuda ampliar carga horária nas escolas

Em busca de melhorar a aprendizagem dos alunos, o Ministério da Educação (MEC) quer que os estudantes passem mais tempo na escola. O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou que entre as opções estão o aumento da carga horária diária ou da duração do ano letivo, ou até mesmo as duas medidas combinadas.

Atualmente, a carga horária mínima nas escolas brasileiras é de quatro horas e o ano letivo dura 200 dias, o que totaliza 800 horas de ensino por ano. Essa carga, no entanto, é considerada baixa em relação a de outros países e na prática é ainda menor, principalmente quando há greves.
“O aprendizado está relacionado à exposição ao conhecimento. Há um consenso no Brasil de que a criança tem pouca exposição ao conhecimento seja porque a carga horária diária é baixa ou porque o número de dias letivos é inferior ao de demais países”, disse Haddad durante a abertura do congresso internacional “Educação: uma agenda urgente”, promovido pela Ong Todos Pela Educação.

Regime integral e mais investimentos

Uma alternativa que está sendo avaliada pelo governo é a antecipação da meta de ter metade das escolas públicas funcionando em regime integral, o que estava previsto para até 2020.
Fernando Haddad defendeu que haja um prazo de transição para que a implementação seja feita, que poderia ser de quatro anos. O ministro também reconheceu que a medida exigirá mais investimentos da pasta.
Fontes: Terra - Governo estuda aumentar tempo que aluno fica na escolaO Globo - MEC planeja aumentar tempo do aluno na escola

Educação: a carta na manga do Rio


Meu post recente no blog Schumpeter da Economist comparou os méritos e deméritos relativos de São Paulo e Rio de Janeiro, da perspectiva de um empresário decidindo onde se estabelecer no Brasil. O Rio tem outra vantagem sobre São Paulo, e uma que pode ser decisiva no longo prazo: suas escolas. No ano passado visitei escolas em ambas as cidades, e as do Rio ganharam de disparada. Uma das razões é que algumas das escolas paulistas são administradas pelo estado e outras pelo município. As do Rio, ao contrário, são todas administradas pelo município, o que significa que uma boa ideia pode ser posta em prática em toda a rede ao mesmo tempo.
No Rio há apenas um currículo em todas as escolas e todos os professores agora testam seus alunos a cada dois meses para verificar se estão seguindo o ritmo. Claudia Costin, a secretária de educação municipal, também garantiu a cada professor uma semana de treinamento ao ano.
 A inovação mais importante de Costin parece ser o pagamento atrelado ao desempenho. Se as escolas cumprirem as suas metas anuais – as quais levam em conta o desempenho passado, de modo a não ser injustas com professores com estudantes menos aplicados – um salário extra é dado aos professores. Em São Paulo, em contraste, o governador do estado cedeu à pressão dos sindicatos dos professores no início do ano e aboliu o pagamento atrelado ao desempenho nas escolas sob sua alçada.
Para se avaliar o quão importante é esse progresso é preciso saber quão ruim a educação no Brasil ainda é – apesar da melhora recente. Barbara Bruns, uma pesquisadora do Banco Mundial que vem acompanhando a educação no Brasil há muito, recentemente coescreveu um livro sobre o assunto intitulado “Alcançando uma educação de primeiro mundo no Brasil: a próxima agenda”. Vide “Box 3: ‘Cálculos básicos testados pelo Pisa”, à página 27. Esta apresenta   uma questão de matemática “Nível 1” – significando uma que está presente num contexto familiar, é claramente definida, e só necessita o entendimento de um texto simples e a ligação entre a informação explicitamente expressa e um cálculo básico. Esta questão em particular foi usada nos testes Pisa em 2006. Oitenta porcento dos alunos de 15 países da OECD acertaram a questão. No Brasil, este número foi de apenas 11%.
Agora imagine que você é um empregador procurando fazer contratações no Brasil. Quase nove décimos das pessoas jovens não conseguirão responder a essa questão extremamente simples – e a geração que está saindo das escolas agora é a mais bem-educada da história. Então você vai perceber porque as empresas no Brasil rotineiramente consideram a contratação de trabalhadores qualificados como um de seus maiores problemas – e porque uma cidade que põe suas escolas no trilho certo está conquistando uma vantagem que não tem preço.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Bibliografia em inglês sobre Internet e cultura digital



Fonte:List of resources on the Social Web
History of the Internet
Critical approaches to the Internet
Internet possibilities:
Theory and background
Digital generation
Social behaviour
Popular culture
Social networks
Blogs
User-generated content
Trust, privacy and ethics
Searching, finding and collective intelligence
Impact on news, journalism and print
Business, marketing and innovation
Politics
Health
User guides
Software
ARTICLES
Social media
Web 2.0
OTHER RESOURCES