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sábado, 11 de agosto de 2018

O plano que Ciro Gomes introduziu rapidamente no debate presidencial sobre ajudar a quitar as contas atrasadas de 60 milhões de brasileiro é economicamente viável, ou se trata de demagogia?

Podemos pensar que de um lado é demagogia, uma vez que aponta direto para uma massa que foi induzida a consumir, sem nenhum tipo de educação financeira, sem capacidade de planejamento financeiro e fortemente afetada pelo desemprego.

Por outro lado precisamos estudar os números do mercado. O Brasil tem cerca de 110.000.000 de pessoas economicamente ativas. Desses oficialmente temos 68.000.000 fora do consumo por estarem inadimplentes. Um outro grupo está inadimplente mas não negativado - O varejo não está negativando - e um terceiro já não está negativado pois cumpriu o período de 5 anos no SPC/SERASA, mas não consegue crédito, afinal dívida não prescreve como muitos pensam.

Temos ainda o grupo dos fortemente endividados que já não tem mais como consumir e esta apenas rolando suas dividas.
Através desse raciocínio grosseiro podemos concluir que a população em capacidade de consumir através do crédito é cada vez menor.
Perdoar as dividas pode sim ser uma solução para aquecer a economia. Afinal falta consumidor no mercado e não existe mercado sem consumidor. Digamos que uma medida heterodoxa. Uma medida dessas deveria vir acompanhada de forte processo de educação financeira e controles para evitar que o problema se repita.
Essa ideia, com certeza patrocinada pelo mercado financeiro, injetaria bilhões de reais, que não existem e traria benefício unicamente aos grandes bancos.

Acredito que é muito heterodoxa, mas acredito que tenha a ver com a falta de consumidores no mercado, e o mercado de credito reage. E deve estar por trás dela. Afinal não vi nenhum banco reclamando. O que falta é Ciro Gomes explicar como faria isso, e o que faria para que essa situação não se repetisse mais. Afinal inadimplência existe em todos os grandes mercados financeiros do mundo. Cerca de 8% em mercados maduros. Discutir inadimplência no Brasil sem discutir a falta de Educação Financeira, a concessão irresponsável de crédito, o marketing voltado ao consumo desenfreado, a falta de empregos, a renda indecente que os trabalhadores recebem... não é uma discussão isenta. Choca por ter virado tema de campanha política, sinal que o problema já subiu, e muito o telhado da economia. Cabe a nós profissionais de Crédito e Cobrança discuti-la com profundidade.


AI - Inteligência Artificial

O termo Inteligência Artificial  (AI) é bastante vago e, na maior parte dos casos, descreve programas feitos com base no machine learning.
O principal fundamento de uma Inteligência Artificial de qualquer tipo é a habilidade de aprender e tomar decisões com base nesse aprendizado. Por isso toda IA precisa ser treinada. O que se faz é escrever um programa e treiná-lo para realizar uma tarefa com um nível de automação e independência que um programa comum não tem.
Um exemplo é a IA que categoriza as fotos no Google Photos. O treinamento foi feito para que a IA consiga reconhecer diversos objetos, animais e pessoas em fotos e vídeos. Para isso, o programa passou por extensos testes em vários cenários. A IA foi programada para entender o que um cão é, o que um gato é, o que uma cor é (não com base em termos subjetivos, mas em termos objetivos, como características inerentes a cada uma dessas coisas). Esse conhecimento foi, então, abstraído. A partir daí, a IA consegue (e tem a liberdade para tal) decidir quando há um gato na foto e se o homem em uma foto é ou não o João.
Atualmente uma IA faz estritamente aquilo que lhe é designado. Há o espaço para que o programa “pense” e tome decisões por conta própria, mas sempre dentro de um limitadíssimo espaço. Seja para categorizar uma foto ou para tomar decisões em carros autônomos, uma IA não possui consciência dos seus atos e não faz reflexões sobre o que aconteceu. As tomadas de decisões são baseadas em estatísticas (o quanto aquela decisão se converteu em sucesso e uma série de outras variáveis).
As inteligências artificiais possuem muito mais similaridades com programas comuns do que com humanos. O termo “inteligência artificial” acaba provocando esse sentimento de que é um ser vivo, algo pensante, quando na realidade é apenas um programa complexo que possui alguns truques.
Deixarei de recomendação dois vídeos de palestras na plataforma TED caso você queira entender melhor todos esses pormenores: