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sexta-feira, 26 de abril de 2013

10% dos sistemas corporativos estarão na nuvem até 2015



Se o armazenamento, servidores e até mesmo
 desktops estão migrando para a nuvem, sistemas de segurança não seria uma exceção. Previsões do Gartner para esse setor, indicam que uma em cada dez empresas estarão processando os recursos de segurança em cloud computing até 2015.

Com foco especial em áreas como segurança de e-mail, gateways, vulnerabilidades remotas e gerenciamento de acesso de identidade (IAM), o Gartner espera que este mercado alcance uma receita global de 4,2 bilhões de dólares em 2016.
"É grande a demanda de empresas por serviços de segurança baseados na nuvem para enfrentar a escassez de mão de obra especializada, reduzir custos ou cumprir as normas regulatórias de forma rápida e facilmente", explica Eric Ahlm, diretor de pesquisas do Gartner. 
O analista destaca que a mudança no comportamento de compra das aplicações de segurança para modelos de entrega baseados em nuvem oferece oportunidades para os fornecedores de tecnologia e serviços. Ele afirma que os que tiverem que melhores capacidades de fornecimento de soluções em nuvem têm chances de fazerem bons negócios. Já os que não têm essas capacidades precisam agir rapidamente para se adaptar a esta ameaça competitiva. 
Uma outra pesquisa do Gartner publicada em janeiro passado confirmou que os gastos com serviços de segurança em nuvem aumentará significativamente nos próximos 12 meses. De acordo com estudo, 74% dos executivos e gestores de segurança entrevistados em todo o mundo estão pedindo prioridade no aumento de soluções para segurança de e-mail em nuvem.
Outra área que deverá experimentar um crescimento substancial com oferta de serviços na nuvem é o gerenciamento de eventos de informação. No entanto, muitos clientes no segmento empresarial continuam cautelosos sobre a entrega de informações confidenciais para os provedores de nuvem, algo que será fundamental para superar a relutância das organizações mais tradicionais.
Além disso, 27% dos entrevistados indicaram que estavam considerando a implantação de autenticação de tokens como serviço em nuvem. O Gartner acredita que fatores como medidas para conformidade com o Payment CardIndustry Data Security Standard (PCI DSS) exigido pelas administradorasa de cartão de crédito para transações eletrônicas, por exemplo, estão dirigindo a maior parte do crescimento do interesse na segurança de tokens como serviço. 
A segurança de token como serviço permite que as ermpresas transfiram deixem de armazenar em seus datas centers internos informações de identificação pessoal ou outros dados confidenciais. O serviço permite que organizações migrem para nuvem sistemas de compliance no âmbito do PCI.

Em resumo: Se você ainda não está na nuvem, tenho certeza que estará em no máximo 2 anos. Talvez você não saiba como, nem porque. Mas estará. Algumas empresas tem projetos bem elaborados, a maior parte não tem nem projeto. Mas serão levadas de alguma forma a esta nova frontera do mundo de negócios. Quem resistir, protelar, poderá não ter tempo para reagir. 
Luciano Basile
 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dificuldade na "Gestão de Tecnologia e Inovação" em Minas Gerais

por Antônio Balbino - Consultor de Planejamento estratégico e Gestão Estratégica.


Este artigo reproduzido da revista Mercado Comum de Outubro/Novembro de 2011. Minha pequena homenagem a um homem de elevados conhecimentos e uma visão clara sobre diversas questões tão importantes na condução de um negócio.
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Faz muito pouco tempo que os países ditos industrializados ou não, percebem o quanto a tecnologia, inovação etc podem contribuir para a formação e desenvolvimento de uma nação. Mas é necessário entender que a criação, transferência e aplicação de resultados em prol do bem estar da coletividade, do desenvolvimento empresarial e da soberania nacional, são processos que dependem do sucesso das empresas nas quais, se praticam as inovações. Pode-se dizer que, centros de pesquisa, universidades, empresas de informática, siderurgia, mineradoras, têxtil, cabeamento óptico, microeletrônica, de química fina, alguns tipos de hospitais, clínicas médicas, fundações de pesquisa tecnológicas e sociais constituem-se de instituições, que podem ser consideradas do setor ou que possuem departamentos afins.


A eficácia destas instituições estão intimamente vinculadas ao seu sucesso. Pergunta-se: Como se alcança este sucesso? Poderá ser alcançado de várias maneiras, dentre as quais, destacam-se duas: primeiramente com a excelência técnica representada pelo talento do técnico/pesquisador; e a segunda, com a qualidade de gestão. que deve oferecer apoio e suporte para este talento. Percebe-se que, a segunda questão refere-se aos aspectos de qualidade das atividades de gestão, percebida a partir deste momento em que a ciência, tecnologia e inovação deixaram de depender de vocações abnegadas de técnicos, cientistas geniais e de inventores isolados. Daí, vale dizer que, tais instituições precisam ser PLANEJADAS, ORGANIZADAS, INSTITUCIONALIZADAS, ORÇAMENTADAS E AVALIADAS em termos de cumprimento de seus objetivos e metas.


O pioneirismo no Brasil sobre "gestão de tecnologia" coube a FEA - Faculdade de Economia e Administração da USP - Universidade de São Paulo, por volta de 1980/90. Desdobramentos se sucederam em outras cidades, tais como Campinas, São Carlos, São José dos Campos, Ribeirão Preto e em outros estados, Rio de Janeiro, Brasilia, Rio Grande do Sul e Paraná.


A movimentação sobre o tema "gestão em tecnologia" nas principais instituições de ensino superior em Minas Gerais, encontra-se em situação de precariedade. Os cursos de pós-graduação fornecidos constituem-se de verdadeiras fábricas de gestores "em série", sendo que o objetivo principal é o lucro financeiro fácil. Na área empresarial, por timidez, desinformação, e até mesmo por desconfiança do papel de inovação em seus vários aspectos, dirigentes mineiros ficam receosos de uma ação de investimento, e assim, permanecem afastados de novas perspectivas de avanços e crescimento. Tudo isto, aliada a uma tímida divulgação. NA verdade, querendo ou não, percebe-se no estado de Minas Gerais, um estímulo modesto e medíocre sobre a real importância da inovação e seus respectivos resultados. Aconteceram poucos eventos em Minas nos últimos dois anos sobre tal assunto.


Duas perguntas intrigantes: O que aconteceu de êxito em inovação e tecnologia ns últimos dez anos no Estado de Minas Gerais? Qual estudo, tese, resultado de pesquisas em engenharia, medicina, física, cabeamento óptico, informática, química, materiais, meio ambiente e outros, que transpuseram as montanhas de Minas Gerais e obtiveram premiação nacional e internacional com grande repercussão em mídia radiofônica, jornalística, televisiva e revistas técnicas?


Pode-se dizer que, em vista de alguns estados, Minas Gerais constituiu-se num gigante adormecido no campo da inovação. Profissionais, pesquisadores e técnicos talentosos existem, mas o problema se localiza basicamente, na má gestão do "fazer acontecer".  Numa visão genericamente cultural, a ausência da aplicação, correta da ferramenta planejamento, constitui-se na tônica deste cenário. é uma das razões do fracasso institucional de um grande centro tecnológico que hoje está entregue a ratos, matos e baratas. Tudo isto, se resume numa visão controvertida e difusa de dirigentes afins.


Uma curiosidade: Recentemente, em evento promovido pela excelente AMCHAM, em Belo Horizonte, sobre o tema "Competitividade - Brasil: Infraestrutura e Mão de Obra em foco" com profissionais de notória expressão, constatou-se que, em cinco horas de palestras e debates, as denominações "tecnologia e inovação" sequer forma lembradas ou a sua preocupação em perceber tal "esquecimento", num importante evento, cuja tônica básica era a análise do desenvolvimento empresarial no estado.


A Gestão de tecnologia e inovação requer do seu respectivo gestor, conhecimentos nos campos de planejamento estratégico, marketing de tecnologia, competência para lidar com pessoas de talento, pacotes tecnológicos, negociação com contratos internacionais - análise jurídica de contratos de compra e venda de tecnologia - funcionamento de organismos de financiamentos, tais como, Banco Mundial, FINEP, CNPQ, FAPESP, Fapemig etc - utilização de universidades e seus departamentos - qualidade total - processos de criatividade - descoberta de profissionais de talento - estruturas organizacionais aplicadas à gestão de de ciência e tecnologia/estrutura matricial - plano de cargos e salários e de carreira para pesquisadores - plano de cargos e salários e de carreira para profissionais de TI - administração de conflitos - percepção e entendimento desta nova geração de jovens técnicos das áreas de informática, robótica, mecatrônica, automação, segurança etc...


Há de se considerar, em nível histórico, que no Brasil, até o final dos anos 40, predominavam as indústrias de primeira geração, geralmente voltadas para a produção de bens simples de primeira necessidade. Nos anos 50, especialmente e a partir do governo do Juscelino, começavam a surgir com grande força as indústrias de substituição de importação, o que poderíamos chamar de Indústrias mais sofisticadas de segunda geração. Este período prorrogou-se até 1969, quando a necessidade exportar determinou a compra maciça de tecnologia externa. Esta fase, de terceira geração começou a dar sinis de esgotamento em meados dos anos 70, com a escassez de financiamentos externos e o início de um novo ciclo tecnológico. Tal ciclo abre espaço espaços para a implantação de indústrias de quarta geração, quando a ciência e tecnologia, o desenvolvimento tecnológico, enfim, a pesquisa e a inovação, tornam-se vitais e estratégicas. Com isto, aflora-se a necessidade, para que o país encontre soluções próprias para os seus próprios problemas e desafios. Assim, o reconhecimento da ciência, tecnologia e inovação ficou indispensável para que o Brasil pudesse superar o estágio de país atrasado, pobre e subdesenvolvido. Com isto, necessariamente, faz-se nascer a fundamentação da gestão , da pratica cientifica e tecnológica, qual seja: como gerir uma Secretaria de Ciências e Tecnologia, como gerir um departamento de tecnologia e pesquisa de uma siderurgia, como gerir um departamento de transplante de um grande centro hospitalar, como gerir uma universidade, como gerir uma faculdade, como gerir uma gerência de inovação de uma fábrica de celulose etc. Enfim, como gerir o conhecimento para que o mesmo, se desdobre em inovação e, colabore com o bem estar social, empresarial e o desenvolvimento do país.