domingo, 29 de maio de 2011

Armazenamento e banco de dados são os serviços mais procurados na nuvem brasileira


Uma pesquisa encomendada pelo Grupo Educacional Impacta Tecnologia à empresa MBI Mayer& Bunge Informática, analisou o quanto os profissionais de TI estão familiarizados com o termo “Cloud Computing".

Foram ouvidos 155 profissionais de 143 grandes e médias empresas brasileiras, ao longo do mês de março. Essa é a segunda edição da pesquisa que visa medir o quanto o Cloud Computing já faz parte do vocabulário técnico destes profissionais.

O levantamento constatou que o termo “Cloud Computing" deixou de ser considerado algo novo pela maioria dos profissionais. A mesma pesquisa realizada em 2010 apontou que 56,8% dos profissionais estavam familiarizados com o termo. Em um ano, o percentual subiu para 81,5%.

A pesquisa revelou ainda que para a grande maioria dos profissionais (90,1%), o “Cloud Computing" representa um novo modelo tecnológico duradouro e não apenas um modismo tecnológico, como ainda acreditam 5,3% dos entrevistados.

Dentre os muitos serviços oferecidos na plataforma de Cloud Computing, os entrevistados foram questionados sobre sua familiaridade (por familiaridade foi considerado o amplo conhecimento do serviço e/ou seu uso no dia-a-dia) com dois dos principais: “Infraestrutura como serviço” e “Software como serviço”.

O levantamento constatou que os percentuais de ambos os serviços sofreram aumento de 2010 para 2011; Infraestrutura como serviço teve crescimento de 44,6% para 48,3% e “Software como serviço” teve aumento de 53,2% para 58,3%, um avanço modesto porém consistente.

O estudo avaliou ainda o uso efetivo de algumas ofertas de Cloud Computing pelas empresas, e também o custo incorrido. O uso de Armazenamento como serviço (storage) pelas empresas teve crescimento de 50% em um ano, passando de 31,7% para 47,7%.

O uso de fornecedores gratuitos ou de baixo custo teve significativa queda no período, diminuindo de 59% para 45%, ao passo que o investimento em fornecedores pagos e de maior custo cresceu de 41% para 55%, deixando claro que o uso deste serviço está deixando de ser experimental e passando a fazer parte das operações de missão crítica das empresas.

Ao analisar o uso de Informação como serviço (informação hospedada remotamente, que entra nas empresas por meio de interfaces bem definidas como, por exemplo, uma API), constatou-se que 45,1% das empresas fazem uso desse serviço hoje, contra 40,9% em 2010. Além de se tratar de um crescimento modesto, chama a atenção que esse ganho de participação de mercado da ordem de 4,2% é muito inferior à parcela correspondente aos que estavam avaliando ou pretendiam avaliar o serviço em 2010 (que somados representavam 19,7% do total). Quanto aos custos do serviço, novamente observou-se queda no uso de soluções gratuitas ou de baixo custo, passando de 70,9% para 60,6% no período, e aumento de soluções pagas ou mais caras na ordem de 29,1% para 39,4%.

Quanto aos demais serviços consumidos na nuvem, o levantamento apurou um aumento significativo no uso do Teste de Software como serviço (de 21,6% para 32,5%) e Integração de Processos como serviço (de 15,1% para 23,2%) no período.

Plataforma como serviço e Segurança como serviço permaneceram praticamente estagnados, com baixíssimos aumentos percentuais de 26,6% para 27,2% e de 13,7% para 13,9%, respectivamente. O serviço que registrou maior aumento no uso pelas empresas é o Banco de dados como serviço, que cresceu de 28,8% para 33,8%.

“O resultado da pesquisa é sinal claro de que as empresas começam a perceber a computação em nuvem como uma tecnologia inovadora e sólida, na qual é seguro investir. A tendência é que a adoção dos serviços relacionados à nuvem se acelere nos próximos anos,” declara Célio Antunes, presidente do Grupo Impacta.

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