sábado, 8 de dezembro de 2012

Stefanini investe para se tornar uma empresa de mais de R$ 2 bi em 2013

A Stefanini está próximo de se tornar uma empresa de 2 bilhões de reais. A companhia vai encerrar 2012 com faturamento de 1,9 bilhão de reais, com aumento de 50% sobre 1,2 bilhão movimentado no ano passado. Para 2013, a prestadora de serviços de TI, espera crescimento moderado entre 12% e 15%. As principais apostas são serviços na nuvem, Big Data e mobilidade.

A cautela com as previsões para o próximo ano, segundo Marco Stefanini, CEO global da companhia, é em razão do cenário econômico desfavorável por conta da crise na Europa e Estados Unidos e também por causa da queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. São fatores que deverão refletir na compra de serviços de TI pelo mercado corporativo. 

“O Brasil está em fase de ajustes e achamos que em 2013 o mercado não terá o mesmo fôlego que teve em 2012. Por isso estamos mais conservadores”, ressalta o executivo.

Ao avaliar o crescimento de receita de 50% em 2012, Stefanini comemora a performance, mas frisa que não foi fácil trazer 600 milhões de reais a mais para o caixa da empresa por causa da desaceleração da economia. O bom desempenho é resultado de expansão orgânica da companhia e das últimas aquisições. 

Segundo Stefanini, cada uma dessas atividades contribuiu com 50% do faturamento gerado. Uma das compras que mais pesaram foi a da Orbitall, processadora de cartão de crédito nacional, que pertencia ao banco Itaú e que foi incorporada há oito meses ao grupo para aumentar a sua presença no segmento financeiro, que hoje é seu maior negócio com participação de 30% da receita.

Ao todo, a Stefanini fez três compras em 2012. As outras duas foram Woopi e a Top Systems do Uruguai. Além disso, a empresa chegou à África do Sul, com a abertura de uma filial naquele país.

 “O ano de 2011 foi um ano de consolidação da nossa operação e integração das equipes no exterior”, afirma Stefanini. Atualmente, a empresa conta com 17 mil funcionários espalhados por 30 países. Segundo ele, 79% desse time são profissionais locais com culturas diferentes e que precisam estar alinhados aos negócios da prestadora de serviços de TI, que é a terceira empresa nacional mais internacionalizada, segundo ranking da Fundação Dom Cabral.

A estratégia de atuar em cada mercado com time local se repete também no Brasil, onde a Stefanini possui 76 escritórios. Diferentemente da maioria das empresas de TI, que operam com estrutura própria centralizada mais no eixo São Paulo/Rio, a prestadora de serviços conta com equipes regionais.  

Apostas para 2013

A principal aposta da Stefanini para 2013 é o incremento das ofertas para atender as empresas que estão levando aplicações para nuvem, aderindo soluções móveis e que vão investir em ferramentas de Big Data.

Para ampliar o leque de ofertas, a Stefanini continua olhando empresas para aquisições tanto no Brasil quanto no exterior. Para sustentar o seu crescimento em 2013, a empresa mantém o plano de investir 300 milhões de reais em três anos. 

Esse processo começou no ano passado e metade desse valor, ou 150 milhões de reais, serão destinados para a Orbitall. Os recursos serão aplicados na estruturação da processadora de cartão de crédito, que terá de sair do Itaú e operar em outro data center, com contrato terceirizado. 

A companhia também vai ganhar uma nova sede para abrigar seus 1,4 mil funcionários, que agora pertencem ao time da Stefanini. Faz parte ainda do planejamento o desenvolvimento de novos produtos como uma linha no modelo de BPO (Business Process Outsourcing) para oferecer aos clientes.
A Stefanini pretende ainda contratar mais seis mil funcionários para ampliar sua operação em 2013 no mercado local e externo. Atualmente, o Brasil responde por 75% dos seus negócios o offshore pelos 35% restantes.

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