terça-feira, 29 de junho de 2010

Lições da Copa para o mercado de ações

EUA é eliminado por Gana da disputa pelo troféu da Copa 2010 

Fonte: Wall Street Journal Brett Arends
O que os investidores podem aprender com o torneio que ora é o foco das atenções?

O colunista do Wall Street Journal Brett Arends enumerou sete lições que a Copa do Mundo pode proporcionar a quem investe em ações.


1. Não se surpreenda com qualquer coisa. Ninguém imaginaria que França e Itália, finalistas da Copa de 2006, seriam eliminadas na primeira fase da Copa do Mundo da África do Sul. Da mesma forma, ninguém poderia imaginar que o Lehman Brothers quebraria ou que a General Motors quase iria à falência.


2. Jogue na defensiva. No futebol e na bolsa, basta um pequeno deslize para anular os ganhos anteriores.


3. Pense globalmente. Caso a seleção dos seus países sejam eliminadas, os torcedores fanáticos de todo o mundo escolhem uma outra “pátria” para torcer. A lição é que não adianta olhar apenas para as ações negociadas no mercado local. Pensar globalmente ajuda a diversificar os investimentos e a reduzir o risco da carteira.


4. Não deixe a esperança lhe cegar. É compreensível que um norte-coreano torça esperançoso para a Coreia do Norte ir bem na Copa; não é compreensível que alguém invista em um negócio ruim. Se o retorno não vem, não insista até o fim. Venda!


5. Seja paciente. Há seleções que jogam melhor no exterior do que em seu próprio país. Isso é fruto da impaciência da torcida nas arquibancadas. Warren Buffett disse certa vez que o mercado acionário é uma forma eficiente de transferir dinheiro do apressado para o paciente.


6. Tenha uma margem de segurança. Uma seleção só começa a ficar mais tranquila em um jogo que precisa ganhar quando tem dois gols ou mais de vantagem sobre o adversário. O investidor Bem Graham minimizou suas perdas na crise de 1929 porque só comprava ações que estivessem cotadas com um terço a menos do que seu valor real.


7. Não confie demais nos juízes. Os erros de arbitragem vêm sendo graves e recorrentes na Copa do Mundo da África do Sul. As instituições reguladoras do mercado financeiro também podem cometer falhas grosseiras. Os órgãos reguladores dos EUA, por exemplo, não perceberam a bolha imobiliária que deu origem à última crise econômica global. Não parta do princípio de que os reguladores sempre salvarão as bolsas.

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