Mercado brasileiro de pequenas e médias empresas apresenta crescimento e deverá direcionar 81% do orçamento em tecnologia da informação (TI) neste ano. Apenas 6% vão contra a maré e pretendem reduzir os investimentos. O País está logo atrás do primeiro colocado do ranking, a Índia, que destinará 84% do orçamento para a área. Além disso, encontra-se acima da média dos mercados emergentes com 69%.
As informações fazem parte de um estudo realizado pela IBM, que concluiu que tecnologias analíticas e preditivas estão sendo adotadas pelas pequenas e médias empresas para aprimorar a competitividade, apoiar estratégias de expansão e atender melhor os clientes. A pesquisa identificou ainda uma rápida adoção de cloud computing. Dos entrevistados, dois terços afirmaram que planejam ou encontram-se em processo de implementação da nuvem.
O levantamento intitulado Por dentro do mercado de médio porte: uma perspectiva para 2011 foi realizado com 2.122 pessoas responsáveis por tomar decisões de negócios e de TI em empresas de médio porte (de cem a mil funcionários) de 22 países, incluindo o Brasil.
Com base nos dados obtidos, observou-se que empresas de médico porte estão em expansão, já que mais de 50% pretendem aumentar os orçamentos de TI nos próximos 12 meses. No ano passado, a intenção era de 20%.
“À medida que as economias no mundo continuam na rota de recuperação, empresas de médio porte lidam com um novo conjunto de desafios e oportunidades”, diz o executivo para pequenas e médias empresas da IBM Brasil, Luciano Sulzbach.
Um exemplo está na comparação da pesquisa do ano anterior com a deste ano. Em 2009, a IBM verificou que havia foco de 53% em controle de custos e eficiência. Já em 2010, o número caiu para 21%. Por outro lado, agora, os esforços estão concentrados em crescimento, inovação e clientes, com 79%, frente aos 46% registrados no ano anterior.
Essa alteração, de acordo com o estudo, reflete nos aspectos que impulsionam processos analíticos, como aumento da eficiência (37%), aprimorar o direcionamento de clientes, conhecimento e informação (37%) e promover estratégias de expansão (15%).
No radar
Entre as prioridades das organizações estão colaboração, processos analíticos (BI), mobilidade, cloud computing e sistemas de relacionamento (CRM) com o cliente. Para aprimorar desempenho, segurança e confiabilidade, elas vão apostar na melhoria da insfraestrutura existente. No Brasil, destaque para gerenciamento financeiro e virtualização. Essa última impulsionada pela necessidade de redundância e redução do espaço físico.
Outros destaques da pesquisa
• Processos analíticos em alta
Setenta por cento das companhias entrevistadas planejam ou estão em processo de implementação de soluções do tipo, sendo que 20% concluíram a adoção e encontram-se em estágio de manutenção do projeto. Para os próximos 12 a 18 meses, aproximadamente 60% afirmaram que processos analíticos são prioridade críticas de TI.
• No topo da nuvem
Mundialmente, 66% das empresas de pesquisas de médio porte têm projetos de cloud computing em andamento ou em planejamento. O interesse está pautado nos benefícios apontados pelos entrevistados, que incluem otimização de custos e redundância, resultando em aumento de disponibilidade e escalabilidade. Setenta e seis por cento que adotaram ou pretendem adotar vão optar pelo modelo privado.
• Papel de parceiro
Mais de 70% das companhias de médio porte buscam relacionamento consultivo com fornecedores primários de TI e consideram confiabilidade, desempenho de produtos e preços competitivos os principais motivos para escolher o fornecedor.
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