quarta-feira, 25 de maio de 2011

ABES alerta para a falta de mão de obra qualificada



A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) prevê que o mercado brasileiro de software deve quadruplicar até 2020, porém a mão de obra, que já é um tema sensível, se agravará ainda mais. 
Para Gérson Schmitt, Presidente da ABES, “em um setor cujo maior componente de custos e diferencial competitivo é a mão de obra qualificada, será essencial reverter o atual quadro gerado pela falta de 70 mil profissionais registrados em 2010”.

No atual ritmo da demanda e modelo setorial, o Observatório Softex projeta falta de 200 mil profissionais de TI para 2013. O que na avaliação da entidade seria desastroso, com efeitos em três dimensões macroeconômicas: necessidade de aumento na importação, ampliação da dependência tecnológica do País e baixa capacidade de exportar e mesmo de aproveitar o grande salto do mercado doméstico para consolidar participação maior de médias e grandes empresas no setor de TI.
Atualmente, o Brasil gradua por ano menos de 50 mil engenheiros de todas as especialidades e uma fração muito menor de técnicos em informática, muitos dos quais já estão trabalhando desde o segundo ano da universidade. Faltam profissionais especializados em todos os setores da economia que concorrem com técnicos com o mesmo perfil básico.
Segundo a ABES, mesmo que se organize um plano eficaz para conseguir formar mais profissionais de TI e sua execução seja bem-sucedida, ainda seriam necessários pelo menos três a cinco anos para que se tenha possibilidade de obter algum equilíbrio entre oferta e demanda de mão de obra setorial. São necessários, no mínimo, 12 anos (segundo grau), mas na maioria dos casos mais de 17 anos, para formar um qualificado profissional de TI.
Hoje, o mercado interno de software e serviços é da ordem de US$ 17 bilhões, atendido com menos de 40% por softwares como aplicativos (dos quais cerca de 70% são importados) e mais de 60% na forma de serviços encomendados, segundo a ABES.
De acordo com análise da ABES, o Brasil viverá uma década de prosperidade e de forte demanda por soluções de TI, em especial de software. “Dependerá apenas da compreensão e união do governo e das entidades privadas sobre as forças desse grande movimento, para juntas construírem um modelo setorial viável que priorize a geração de valor e diretrizes de uma política pública que possa colocar a IBSS em vantagem competitiva para as conquistas sócio-econômicas desejadas pelo País.”

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