* Publicado originalmente na CIO (USA)
Com equipe reduzida e orçamentos enxutos, os diretores de TI que atuam em pequenas e médias empresas (PMEs) têm literalmente de exercitar a cada minuto um jargão muito conhecido do mercado: faça mais com menos. Eles até podem ganhar menos que seus pares que estão em grades companhias, mas garantem que conseguem ter mais espaço para inovar e menos burocracia para aprovação dos projetos de TI.
O CIO Steven Porter conhece bem essa realidade. Com uma equipe de TI de exatamente quatro profissionais, ele diz saber muito bem o que é fazer mais com menos na Touchstone Behavioral Health, companhia do setor de saúde, localizada no estado do Arizona (EUA) e que especializada no atendimento de crianças.
Com sua pequena equipe de TI, Porter precisa esticar um apertado orçamento para cobrir grandes iniciativas da empresa como virtualização, prestando suporte a mais de 200 usuários espalhados pelo estado do Arizona.
“Alguns dias eu me pergunto: que diabos eu estou fazendo aqui?", brinca Porter, 60 anos, que está há cinco à frente da TI da Touchstone. Ele era produtor de TV e resolveu mudar de ramo na época do boom das pontocom para exercer atividades ligadas à internet. Começou como desenvolvedor de soluções para e-commerce em 1995. Depois trabalhou em outras empresas do setor até ser contratado pela Touchstone Behavioral para ser diretor de TI.
Porter encara o seu papel como um grande desafio. "Estou sendo solicitado a fazer as mesmas atividades que meus colegas da empresa em que trabalhava e muito mais”. Ele costuma brincar que é uma espécie de faz tudo porque o número de funcionários de TI de sua organização de TI é menor do que as equipes de desenvolvimento onde trabalhou anteriormente, o que faz com que assuma mais responsabilidades na companhia de saúde.
Mas mesmo assim, com orçamentos curtos e poucos recursos, Porter afirma que essa situação oferece a oportunidade de fazer a diferença e colocando toda a sua criatividade em prática para inovar.
Assim como Porter, outros CIOs que atuam em PMEs sentem-se como um peixe grande em um pequeno lago. Eles acabam arregaçando as mangas e colocam a mão na massa, fazendo um pouco de tudo. Eles encaram esse ambiente como um bônus, não como um fardo. O orçamento apertado significa ficar mais criativo com as escolhas do projeto.
Muitos CIOS sentem se realizados quando chegam ao topo de uma grande companhia. Mas os especialistas avaliam que os que estão gerenciando pequenos departamentos têm grandes oportunidades para evoluir na carreira e às vezes até adquirir mais experiência.
Os consultores reconhecem que trabalhar dentro dos limites de uma pequena organização de TI nem sempre é um mar de rosas. Além de restrições orçamentárias e de recursos, algumas pequenas empresas não estão preparadas culturalmente para se modernizar tecnologicamente. E muitas vezes a TI pode ser puxada para direções conflitantes, dizem CIOs que atuam em pequenas companhias.
Barreiras das grandes empresas
Muitos CIOS sentem se realizados quando chegam ao topo de uma grande companhia. Mas os especialistas avaliam que os que estão gerenciando pequenos departamentos têm grandes oportunidades para evoluir na carreira e às vezes até adquirir mais experiência.
Os consultores reconhecem que trabalhar dentro dos limites de uma pequena organização de TI nem sempre é um mar de rosas. Além de restrições orçamentárias e de recursos, algumas pequenas empresas não estão preparadas culturalmente para se modernizar tecnologicamente. E muitas vezes a TI pode ser puxada para direções conflitantes, dizem CIOs que atuam em pequenas companhias.
Barreiras das grandes empresas
O diretor de TI Porter constata que os executivos de grandes companhias têm vontade de fazer a diferença, mas esse desejo é frustrado pela burocracia que é muito maior que nas de pequeno porte. Ele admite que esse motivo foi certamente o que o levou a ser diretor de TI da Touchstone Behavioral, onde segundo ele consegue exercitar o papel de um CIO completo.
Com menos burocracia e equipes de liderança reduzidas, Porter garante que seu grupo é mais ágil na implementação de projetos, como por exemplo, de mobilidade sofisticada, virtualização, segurança e Voz sobre IP (VoIP). As iniciativas são colocadas em prática em poucos meses, enquanto em grandes companhias iniciativas similares podem levar anos por causa das decisões que são mais lentas.
O CIO ressalta que a aprovação dos projetos em pequenas empresas muitas vezes depende do aval de duas ou três unidades de negócios. “Tem situações em que as decisões acontecem literalmente no corredor entre uma e outra xícara de café”, comenta Porter. A necessidade do projeto é apresentada e em seguida já se parte para o estudo de viabilidade e implementação em razão de os processos de governança serem menos complexos.
A visão de Porter pode passar a ideia de que a agilidade da PME é atraente para os desafios profissionais de um CIO. Especialistas concordam. "Enquanto você é um líder em um departamento pequeno, você ganha muita experiência", diz John Reed, diretor-executivo da Robert Half Technology, uma empresa especializada em recursos humanos de TI.
“O pessoal de TI em grandes organizações muitas vezes ganha experiência superficial, se concentrando em apenas uma área específica”, constata Reed. Em compensação, os que atuam em PMEs são obrigados a resolver problemas diversos e são obrigados a ampliar o conhecimento. Além disso, estão mais próximos das áreas de negócios.
Menos burocracia Com experiência de CIO de pequenas e grandes organizações, Paul Haugan, 54 anos, acredita que a diferença entre os dois portes de companhia diz respeito principalmente à quantidade de burocracia ligada a um determinado projeto técnico.
Em seu cargo anterior, numa organização pública, na Califórnia (EUA), Haugan, ajudou a supervisionar um grupo de 75 profissionais de TI, que demorou cerca de 15 meses para implementar um projeto de Business Intelligence. Na empresa atual, no estado de Washington, um projeto com o mesmo tipo de tecnologia levou cerca de três meses não apenas por ter sido menor, mas pela redução das barreiras.
Com menos burocracia e equipes de liderança reduzidas, Porter garante que seu grupo é mais ágil na implementação de projetos, como por exemplo, de mobilidade sofisticada, virtualização, segurança e Voz sobre IP (VoIP). As iniciativas são colocadas em prática em poucos meses, enquanto em grandes companhias iniciativas similares podem levar anos por causa das decisões que são mais lentas.
O CIO ressalta que a aprovação dos projetos em pequenas empresas muitas vezes depende do aval de duas ou três unidades de negócios. “Tem situações em que as decisões acontecem literalmente no corredor entre uma e outra xícara de café”, comenta Porter. A necessidade do projeto é apresentada e em seguida já se parte para o estudo de viabilidade e implementação em razão de os processos de governança serem menos complexos.
A visão de Porter pode passar a ideia de que a agilidade da PME é atraente para os desafios profissionais de um CIO. Especialistas concordam. "Enquanto você é um líder em um departamento pequeno, você ganha muita experiência", diz John Reed, diretor-executivo da Robert Half Technology, uma empresa especializada em recursos humanos de TI.
“O pessoal de TI em grandes organizações muitas vezes ganha experiência superficial, se concentrando em apenas uma área específica”, constata Reed. Em compensação, os que atuam em PMEs são obrigados a resolver problemas diversos e são obrigados a ampliar o conhecimento. Além disso, estão mais próximos das áreas de negócios.
Menos burocracia Com experiência de CIO de pequenas e grandes organizações, Paul Haugan, 54 anos, acredita que a diferença entre os dois portes de companhia diz respeito principalmente à quantidade de burocracia ligada a um determinado projeto técnico.
Em seu cargo anterior, numa organização pública, na Califórnia (EUA), Haugan, ajudou a supervisionar um grupo de 75 profissionais de TI, que demorou cerca de 15 meses para implementar um projeto de Business Intelligence. Na empresa atual, no estado de Washington, um projeto com o mesmo tipo de tecnologia levou cerca de três meses não apenas por ter sido menor, mas pela redução das barreiras.
"Em uma grande operação é preciso seguir os passos burocráticos administrativos para começar um projeto”, conta Haugan, mas às vezes esse processo demora tanto que a tecnologia fica obsoleta antes de sua implementação.
Hoje Haugan é responsável por cerca de dez pessoas que apóiam aproximadamente 500 usuários finais. Ele gerencia um orçamento de TI entre 2 milhões de dólares e 2,9 milhões de dólares.
"Acredito que a tecnologia oferece oportunidade para promover mudanças significativas nos negócios. Sou um daqueles caras que não podem esperar pelas decisões burocráticas para mostrar o valor da TI."
Haugan cita como exemplo disso a substituição em seis meses do sistema antigo de telefonia por VoIP, o promoveu mudanças, trazendo impacto aos negócios. Ele tentou implementar o mesmo projeto na companhia anterior, sem sucesso. “A administração considerou um risco fazer a troca das 60 centrais de telefonia que atende a mais de 5 mil funcionários por VoIP”.
Hoje Haugan é responsável por cerca de dez pessoas que apóiam aproximadamente 500 usuários finais. Ele gerencia um orçamento de TI entre 2 milhões de dólares e 2,9 milhões de dólares.
"Acredito que a tecnologia oferece oportunidade para promover mudanças significativas nos negócios. Sou um daqueles caras que não podem esperar pelas decisões burocráticas para mostrar o valor da TI."
Haugan cita como exemplo disso a substituição em seis meses do sistema antigo de telefonia por VoIP, o promoveu mudanças, trazendo impacto aos negócios. Ele tentou implementar o mesmo projeto na companhia anterior, sem sucesso. “A administração considerou um risco fazer a troca das 60 centrais de telefonia que atende a mais de 5 mil funcionários por VoIP”.
O executivo lembra que existiam muitos obstáculos na grande companhia para adoção de novas tecnologias. “Eu não tenho não tenho de ir a cada diretor e dizer: 'eu quero colocar em VoIP e por isso estou aqui".
Ao mesmo tempo que Haugan demonstra felicidade com a flexibilidade para gerenciar a TI numa pequena organização de TI, ele se preocupado com as diferenças de salário.
Uma pesquisa salarial de 2011 realizada pela revista COMPUTERWORLD nos EUA com CIOs e vice-presidentes de TI em empresas com menos de cem funcionários revelou que eles ganham em média 44% menos do que a remuneração de outros profissionais de companhias maiores.
Uma pesquisa salarial de 2011 realizada pela revista COMPUTERWORLD nos EUA com CIOs e vice-presidentes de TI em empresas com menos de cem funcionários revelou que eles ganham em média 44% menos do que a remuneração de outros profissionais de companhias maiores.
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