Mesmo com a recessão global, soluções de Business Intelligence (BI) e tecnologias avançadas de análises continuaram a ser procuradas pelas empresas. Isso porque, as companhias estão em constante busca por insights sobre seus negócios, maior eficiência e como novas ideias.
Ao que tudo indica, 2012 será ainda melhor para o setor de análise de dados e Big Data. É o que dizem especialistas do mercado. Abaixo, veja algumas tendências que estarão em alta nos próximos meses:
Big Data não vai desaparecer
Big Data está sendo considerado o novo SOA (Service Oriented Architecture). Por isso, praticamente todos os fornecedores de TI querem pegar uma carona na oferta da tecnologia. As plataformas ajudam companhias a manipular com mais eficiência uma montanha de informações e ainda extrair dados importantes de redes sociais, além de utras fontes não estruturadas.
O Hadoop, software de programação opensource, está intimamente associado ao movimento do Big Data. “O mercado vai presenciar dispositivos baseados em data warehousing Hadoop e transformará a tecnologia na mais quente plataforma do próximo ano", afirma o analista da Forrester Research James Kobielus.
Processamento em memória será a bola da vez
A SAP passou os últimos 18 meses falando sobre as virtudes de seu banco de dados in-memory Hana. Segundo a fornecedora, a tecnologia pode acelerar drasticamente dados de exploração e análise, uma vez que a informação passa a ser processada na memória RAM, sem efetuar a leitura em discos tradicionais.
O CEO da Oracle, Larry Ellison, havia ridicularizado os planos de SAP. Mas meses depois, anunciou a Exalytics, appliance com tecnologia em memória, novo membro da família de hardware e software.
Empresas menores, como a Qlikview e a Tableau, utilizam tecnologia em memória no BI e em ferramentas de visualização e devem impulsionar a estratégia neste ano. Os fornecedores pequenos também podem ser alvo da aquisição dos maiores.
Análise como serviço vai decolar?
Na opinião de Kobielus a análise em grande escala pode ser contratada como serviço, sob demanda, e realmente há uma grande oportunidade para que esse modelo se consolide. “A análise Petascale não é necessariamente algo que muitas empresas querem fazer in-house”, opina.
Mas Curt Monash, da empresa de pesquisas Monash Research, não tem certeza disso. “BI remoto gera a partilha de custos de hardware e isso é problemático para as companhias", afirma. "A transferência de dados dentro e fora do cluster é grande parte do custo total, pelo menos se você pretende processá-la apenas ocasionalmente. Eu ainda não vi um plano que gire em torno desse ponto."
HP pode ser um grande player, se for cuidadosa
com a plataforma Neoview, a Hewlett-Packard busca alcançar o estar no mesmo patamar que a Teradata como player de data warehousing. Mas essa iniciativa não ganhou impulso considerável, apesar dos esforços da HP. Mas com a aquisição no ano passado da Vertica, fornecedora de data warehouse analítico, a estratégia ganhou fôlego e agora tudo o que a HP tem de fazer para crescer nessa área é “evitar a estupidez”, afirma Monash.
"Eu não acho que tentar forçar o crescimento da Vertica além de sua expansão natural, é necessariamente uma boa ideia", acrescenta. "Tornar o hardware da Vertica independente é crucial, porque cada vez mais os clientes querem ter liberdade para escolher os fornecedores com os quais querem trabalhar”, afirma.
A indústria de software está mudando para suportar os dispositivos móveis. E a análise não vai ser esquecida, especialmente com o boom dos tablets. BI móvel de fato irá saltar em 2012, prevê o analista da Forrester Research Boris Evelson. "Os funcionários precisam tomar decisões em qualquer lugar, sem precisar voltar ao escritório. Qualquer minuto a mais pode ser tarde."
BI e análises estão por todas as partes
Capacidades analíticas pervasivas são aspectos cruciais da próxima geração do Oracle Fusion Applications. Em vez de fazer login em uma plataforma de BI de forma separada, ou obter relatórios criados pela equipe de TI, os usuários são apresentados à análise dentro do contexto e fluxos de trabalho dos aplicativos Fusion. Outros fornecedores de ERP podem começar a imitar a abordagem da Oracle se o conceito realmente fisgar os clientes.
Nesse meio tempo, os usuários de BI vão começar a exigir - e fornecedores vão passar a oferecer - ferramentas integradas ao e-mail e a plataformas de colaboração, escreveu Evelson em seu blog. "Apenas a integração de BI com o Excel já não é suficiente.”
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