quinta-feira, 24 de maio de 2012

Endividamento ainda não é entrave a consumo, dizem economistas



Por Talita Moreira | Valor Econômico






O endividamento das famílias brasileiras ainda é baixo e não é um entrave ao crescimento da economia, avaliam os economistas Mônica Baumgartem de Bolle, sócio-diretora da Galanto Consultoria, e Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco. Ambos rechaçam a avaliação de que o modelo que sustentou o crescimento brasileiro nos últimos anos estaria esgotado porque o brasileiro está endividado.
Mônica destacou que a dívida das famílias ainda representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB), muito abaixo do patamar de países como Estados Unidos (91%), Espanha (90%) e Polônia (38%). Este último, assim como o Brasil, tem pouco volume de crédito imobiliário.
A economista também destacou que o ciclo de dívida no Brasil é curto. “Em pouco tempo as pessoas vão estar aptas a tomar mais crédito”, afirmou Mônica, que participou nesta quinta-feira de seminário promovido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capital (Anbima).
Octávio de Barros foi na mesma direção. “As pessoas não estão sobre-endividadas. Estão sobrecompromissadas com novas despesas, como TV por assinatura e banda larga”, disse. Na avaliação dele, a queda nas taxas de juros vai tornar viáveis novas modalidades de financiamento para o setor imobiliário.
O economista também ressaltou que diversas categorias profissionais estão conseguindo reajustes salariais reais, superiores até mesmo aos obtidos em períodos de maior crescimento econômico. Segundo Barros, esse é outro fator que ajudará a sustentar o consumo.

Um comentário:

LBasile Notes disse...

O tema é controverso como podemos observar. Aqui no blog já publicamos alertas a respeito do endividamento da população e agora opinião contrária. Pelo visto nossos economistas continuam a só conseguir explicar o passado. Bem, opinião dos economistas a parte, fica o fato de que a inadimplência cresceu 27,8% em Abril em relação a Abril/2011. E o fato que pesquisas apontam que o brasileiro está usando o cheque especial 22 dias do mês.