terça-feira, 25 de setembro de 2012

USP investe US$ 200 milhões em projeto de cloud computing


A Universidade de São Paulo (USP) está investindo 200 milhões de dólares em um projeto de cloud computing. A iniciativa batizada de Cloud USP é para permitir que docentes, alunos e funcionários acessem informações pela web com consulta por qualquer dispositivo móvel. 


Segundo a instituição, a USP é a primeira do setor no Brasil a utilizar intensiva e institucionalmente um sistema de computação em nuvem, que já é comum nas rotinas de universidades do exterior, como Harvard, Stanford e Massachusetts Institute of Technology (MIT), e empresas como Google, Amazon e Microsoft, entre outras.

A iniciativa teve início há cerca de um ano e meio e os principais benefícios, segundo a USP, serão em relação à economia de recursos e à visibilidade da própria universidade. “A computação em nuvem deverá atender a questões de sustentabilidade como obsolescência, lixo eletrônico, energia, segurança digital e patrimonial”, informa. O programa garante ainda cópias de segurança realizadas por equipes especializadas. 

“A decisão de implantar um projeto dessa magnitude, pioneiro e arrojado, é uma das várias decisões estratégicas da gestão para fazer com que a USP tenha lugar cativo entre as universidades de ponta mundiais”, destaca o reitor João Grandino Rodas.
Serviços disponíveis 
Os órgãos que centralizam os sistemas de computação da USP são o Centro de Computação e Eletrônica (CCE), no campus de São Paulo); Centro de Informática do campus “Luiz de Queiroz” (Ciagri), em Piracicaba; Centro de Informática de São Carlos (Cisc); e o Centro de Informática de Ribeirão Preto (Cirp). Além desses, existem os Centros de Processamento de Dados (CPDs) em algumas Unidades da Universidade, que foram construídos para suprir necessidades específicas.

Com o Cloud USP, tais centros serão reunidos em Internet Data Centers (IDCs), que deverão abrigar um conjunto de supercomputadores formando a chamada “nuvem”. A Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, por exemplo, terá dois IDCs, um no campus e outro que será construído em uma área externa próxima. Cada campus do interior também terá o seu IDC.

O programa na nuvem terá três domínios: corporativo, educacional e científico. No corporativo, estão os serviços de e-mail, pagamentos, recursos humanos, gerenciamento de disciplinas e notas, emissão de diplomas e certificados, convênios e contratos. Todos poderão ser ofertados em dispositivos móveis e computadores thin-client nas unidades e nos campi.

O domínio educacional abrigará os serviços voltados à atividade essencial da Universidade — graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão universitária. A adoção de meios eletrônicos em práticas pedagógicas presenciais oferecerá conteúdos educacionais na forma de mídias digitais. No campo da extensão, por exemplo, universidade vai tornar disponível o serviço “abra virtualmente”, com a digitalização e liberação online de seus acervos de suas bibliotecas e museus. 

No domínio científico, os serviços serão voltados à atividade de investigação científica, tanto com ênfase no armazenamento massivo de dados quanto no processamento computacional intensivo. Dentro do conceito do e-science, o Cloud USP permitirá, por exemplo, a coleta de informações para os rankings internacionais de avaliação de universidades.

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