terça-feira, 27 de novembro de 2012

Brasilcap e Pepsico migram TI para nuvem


A Brasilcap, empresa atuante no mercado de capitalização, migrou quase toda sua infraestrutura de TI para a solução de computação em nuvem convergente da HP, a CloudSystem Matrix. O processo de modernização, que teve início em 2005 e conta com várias etapas de modernização, já trouxe melhorias de negócios para a empresa e agilidade, além de padronizar todo ambiente de TI.                               



Com mais de 165 mil títulos ativos e uma carteira que abriga perto de 2 milhões de clientes, a companhia depende de uma estrutura de TI robusta, flexível e confiável para gerenciar todo esse universo. E encontrou a solução nos serviços de IaaS da HP.

De acordo com Felipe Ávila Carneiro, gerente de TI da Brasilcap, a criação de uma nuvem privada para hospedagem do sistema de missão crítica foi o ponto principal do projeto. “Apostamos na tecnologia blade e mudamos a forma de contratação, passando a operar no modelo de leasing”, lembra.

No momento em que a empresa avaliava a cloud, prossegue Ávila, a companhia decidiu implementar o SAP All in One. “Já tínhamos a nuvem. Utilizando as informações vindas da SAP, a HP fez o ‘sizing’ de 33 servidores para o projeto. Com o serviço, fizemos tudo em apenas seis servidores”, revela.

A Brasilcap consolidou quase 200 máquinas virtuais em apenas quatro servidores, conseguindo ter visibilidade no uso dos recursos e assim realizando ajustes contínuos a fim de obter melhor desempenho e utilização dos recursos de hardware de cada máquina.

A maior dificuldade para a migração foi convencer as diversas áreas da empresa que a estrutura em nuvem privada era ideal e a melhor opção para o projeto e suas características. “Tivemos de estudar muito a tecnologia em parceria com a HP. Fizemos isso em conjunto porque apostamos em uma tecnologia nova no Brasil”, ressalta o gerente de TI da Brasilcap, que obteve a aceitação do projeto.

De acordo com Ávila, antes, a equipe de TI levava duas semanas para instalar um servidor Windows e quatro para servidores Unix. Atualmente, ele afirma, a entrega é feita em 20 minutos e 40 minutos respectivamente. “Nossa área foi premiada internamente pela rapidez com que o projeto foi concluído”, completa.
Antonio Couto, estrategista de cloud computing da HP Brasil, afirma que, no projeto de implementação do SAP, se a Brasilcap não houvesse optado por um ambiente na nuvem, seria necessário um prazo de 45 dias para receber novos equipamentos físicos somado ao tempo de configuração e instalação inicial das máquinas, o que impactaria diretamente o negócio, além disso, com a implementação da cloud privada, a empresa economizou 1,4 milhão de reais em infraestrutura do projeto SAP. 

Vencidos os desafios e implementada a solução, a área de TI da Brasilcap hoje colhe os benefícios da aposta. Do lado de gerenciamento de TI, a área consegue migrar máquinas mais rapidamente, fazer planos de migração de forma automatizada e mapear os servidores, identificando se são físicos ou virtuais. Do lado do negócio, a área hoje consegue tarifar cada serviço de TI, identificando o quanto cada departamento consome de tecnologia. “Isso é importante porque consigo mostrar ao negócio quanto do meu orçamento é gasto com projetos de outras áreas”, ressalta Ávila.

Projeto da PepsiCo
A multinacional PepsiCo, que detém marcas conhecidas como Elma Chips, Toddy e Gatorade, deparou-se com um desafio tecnológico para criar uma campanha de marketing cujo foco é o “Cheebay”, um site de leilões online, em pelo menos 17 países da Europa, Ásia e América Latina. A estimativa da empresa é gerar cerca de 20 milhões de cupons e o público esperado é da ordem de 100 mil consumidores cadastrados.
De acordo com a PepsiCo, com o grande número de usuários e a quantidade de acessos, o sistema de leilões online deveria ser altamente escalável e performático. Além disso, confiável e estável, pois, qualquer falha durante a operação comprometeria o resultado e a marca da empresa. 

Para atender à demanda de acessos concentrados, o modelo tradicional de infraestrutura exigiria grande investimento inicial, já que a infraestrutura teria de ser dimensionada para suportar o pico de utilização, inviabilizando o plano de negócios da campanha. Sem contar que, na maior parte do tempo, a carga seria bastante baixa e a infraestrutura ficaria ociosa, gerando grande desperdício de investimento.

A integradora brasileira Dextra propôs a utilização dos serviços de cloud computing da Amazon Web Services (AWS) por suas características de elasticidade e por ser um provedor de infraestrutura como serviço (IaaS) que possibilita a flexibilidade na escolha das tecnologias que fazem parte da solução.

Inicialmente, a integradora executou planejamento de capacidade da infraestrutura necessária (capacity planning). E, depois, projetou e implementou a arquitetura da infraestrutura na nuvem necessária para suportar a demanda de acessos, sendo responsável por sua operação ao longo de todas as campanhas.

O software de leilões foi projetado e construído como cloud-ready desde o início, tornando-o apto a usufruir das características de escalabilidade horizontal e grande flexibilidade da computação em nuvem.

De acordo com a Dextra, para a execução do projeto, foi aplicada a metodologia Scrum, somada a ferramentas de comunicação e colaboração online, que possibilitou ao cliente acompanhar da Inglaterra a execução dos serviços no Brasil. 

O sistema, utilizado para a gestão de conteúdo e de usuários dos leilões, gestão de segurança de usuários, configuração e acompanhamento das campanhas, foi desenvolvido em Ruby on Rails. O CMS também gerencia o site da campanha, com registro de usuários, login, troca de pontos, salas de leilão, lista de prêmios etc.

O mecanismo de leilão encarrega-se de receber e classificar os lances e determinar o vencedor ao final do leilão. Sua arquitetura em duas camadas desacopladas por uma fila de mensagens visa dar grande escalabilidade à solução. Foi desenvolvido em Java EE no servidor de aplicação JBoss pela robustez e os serviços utilizados, como o JBossMessaging Cluster.

O AWS atende ao requisito de escalabilidade sob demanda, segundo a Dextra, e traz o menor custo para o cliente, uma vez que os servidores relacionados ao mecanismo do leilão são ligados somente durante o período dos leilões. Foram utilizados serviços da AWS como o EC2 (Elastic Compute Cloud), para executar as instâncias do JBoss do Auction Engine e as instâncias de Apache/Mongrel para o CMS; o Elastic Block Store (EBS), usado como storage; o Simple Storage Service (S3), para armazenar imagens; e o Elastic Load Balancing, que distribui a carga de acesso entre as instâncias de servidores JBoss e também Apache. 

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