No ranking de déficit de mão-de-obra, o Brasil perde apenas para o Japão
Não falta emprego, falta qualificação. É o que afirmou pesquisa da consultoria internacional de recursos humanos Manpower. Segundo o estudo, cerca de dois terços dos empregadores brasileiros não encontram mão-de-obra qualificada para preencher vagas existentes.
No ranking de déficit de mão-de-obra, o Brasil perde apenas para o Japão. Foram ouvidos 35 mil empregadores de 36 países. Dos brasileiros participantes, 64% apontaram ter dificuldade em preencher as vagas, enquanto no Japão a queixa foi de 76% do total.
Em média 31% dos empregadores reclamaram da dificuldade em encontrar a mão-de-obra desejada.
Efeito da crise financeira
Enquanto nos países mais afetados pela crise o déficit de profissionais qualificados caiu, nos menos afetados ocorreu o efeito inverso. É o caso da Argentina, cuja pesquisa deste ano mostrou que 53% dos empregadores indicaram dificuldade em preencher as vagas e, em 2007, o percentual era de 41%.
O Chile foi outro que teve aumento no índice: de 15%, registrado em 2008, passou para 48%. Nos EUA, por sua vez, houve queda: de 44% de queixas do empregadores para 14%, neste ano.
2 comentários:
É fato que faltam profissionais qualificados no mercado. O outro lado da moeda é o profissional não conseguir alto grau de excelência pelos custos que envolve upgrade de carreira. Uma solução seria a união de empresas com profissionais já experientes, provendo estes profissionais com maior conhecimento e aproveitando sua vivencia de mercado.
Mônica precisamos atentar que existe no mercado empresas que investem na formação dos profissionais. Exemplo: IBM, Microsoft, Oracle entre outras. Não podemos generalizar. Normalmente eles contratam os melhores alunos das Faculdades dentro de um processo de seleção rigoroso e oferecem um Plano de carreira, onde o investimento constante na formação do profissional faz parte da política de remuneração.
Por outro lado tenho visto muita gente saindo da Universidade sem saber nada. Tem um diploma na mão e nenhum ou muito pouco conhecimento. A maioria fez o curso no bar próximo da Faculdade. Isso se traduz em mal investimento da sociedade.
Tem aqueles que gostariam de poder investir mais em suas carreiras, mas não tem os recursos adequados, precisam trabalhar e estudar, acabam concluindo o curso também sem muita formação. Muitas vezes tem família para sustentar.
Nas exceções encontramos os nerds (muito cuidado em maltratar um nerd na escola, amanhã ele poderá ser seu chefe)e aqueles que conseguem colocar um esforço incomum e galgar degraus nessa trajetória.
Devemos ser donos de nossas carreiras, ter algum planejamento na vida, estabelecer prioridades e um cronograma. Mas como fazer isso em um mercado de trabalho que exige que você tome uma decisão para o resto da sua vida aos 17 anos?
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