sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Openet quer trazer centro de desenvolvimento para Brasil


Entusiasmada com o crescimento dos serviços de telecomunicações no Brasil e chegada das redes 4G, a fornecedora irlandesa de soluções de billing e gestão de tráfego para operadoras, vai aumentar a presença no País. Um dos planos é a instalação local de um centro de desenvolvimento de software, segundo anunciou Niall Norton, CEO da companhia, em visita recente a São Paulo.

Com 13 anos de mercado e sediada em Dublin, Openet atua na Europa, Estados Unidos, Ásia e América Latina. Está presente no Brasil desde 2006 onde tem contratos com as operadoras de telefonia CTBC Telecom e Nextel. No mercado internacional estão na sua lista de clientes as teles AT&T, Verizon, Sprint, Bell Canadá, Time Warner Cable (EUA) e Softbank (Japão). Agora a companhia quer expandir seus negócios aqui para conquistar novos contratos. 
 
Para alcançar essa meta, a companhia promete ampliar investimentos no Brasil, embora não revele valores. "O mercado brasileiro será centro de excelência da Openet", declara Norton. Ele informa que a companhia vai trazer sua expertise para o País, que segundo a sua avaliação, tem mão de obra de qualidade e economia favorável.
Atualmente, a equipe do Brasil conta com 40 pessoas, mas os planos de Norton são de multiplicar esse número em mais de cinco vezes. "O Brasil terá entre 200 e 300 funcionários nos próximos dois anos para atender a América Latina", conta o CEO da Openet.
A Openet também elegeu o Brasil para ser a sede de um centro de desenvolvimento de software. Segundo o CEO, a companhia já está buscando mão de obra no País para esse projeto e planeja colocá-lo em operação no segundo semestre de 2013. O executivo não descarta a possibilidade de recorrer a incentivos do governo federal.
Mercado da Openet
A empresa irlandesa atende operadoras de telefonia fixa e móvel com fornecimento de soluções para ajudar as prestadoras de serviços a aumentar a receita. Norton menciona a aplicação que permite controlar a entrega de serviços como consumo da rede de banda larga e opções para que os assinantes usem roaming. 
Norton acredita que a chegada de novos serviços vai obrigar as operadoras investirem mais soluções para ampliar a receita com dados pelas redes 3G e 4G, que têm prazo previsto para entrar em operação até abril do próximo ano nas cidades-sede da Copa das Confederações.
O CEO da Openet observa que diferente do que aconteceu com 3G, agora o Brasil está entrando na quarta geração alinhado com os demais mercados, o que abre oportunidades para as prestadoras de serviços incrementar os negócios com pacotes de dados.
Além de 4G, as operadoras estão entrando em um novo mercado que é o de TV por assinatura, com a criação dos pacotes triple play (TV paga, banda larga e telefonia). As empresas estão ainda ampliando as redes Wi-Fi.
Esse cenário torna o mercado brasileiro de telecom atrativo para a Openet, que aposta no Brasil para aumentar os negócios na América Latina e Central. Atualmente essa região representa 5% do faturamento global da companhia, que foi de 124 milhões de dólares em 2011 e tem estimativas de crescimento da ordem de 20% em 2012.
A expectativa de Norton é de que o market-share da região dobre em 2013 e chegue a 15% em 2014. Essa expansão será puxada pelo Brasil, que hoje responde sozinho por 4% da receita dos negócios movimentados na América Latina e Central.

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